PORTUGUÊS PARA CONCURSOS
ESTRUTURA SINTÁTICA
A ORAÇÃO
Todo enunciado que apresenta verbo é uma oração. Logo, o verbo é o
núcleo de qualquer estrutura oracional. Por conseguinte, a análise sintática de
uma oração exige que partamos do verbo.
Ora os verbos apresentam complementos verbais, ora não apresentam
complementos verbais. São complementos verbais: objeto direto e objeto
indireto. O estudo dos complementos verbais é chamado de predicação verbal.
Os auditores analisaram
os balancetes.
O exemplo acima é uma oração, pois foi empregado o verbo analisar. É a
expressão de uma ação. Está flexionado no pretérito perfeito simples do modo
indicativo. Contextualiza-se, portanto, a prática de uma ação, o tempo em que
essa ação ocorreu, o agente da ação e o referente passivo à ação executada pelo
sujeito agente.
O fiscal está
apurando as denúncias.
Temos também uma oração. Trata-se
do verbo apurar na forma composta.
“está” é o seu auxiliar. E “apurando” é o verbo principal no gerúndio. Trata-se
de uma locução verbal.
Os relatórios
que foram analisados comprometem a candidatura de Luíza.
Cada verbo é uma oração. Temos acima duas orações. Os termos grifados
constituem a primeira oração, com um verbo na forma simples. O termo em
negrito constitui a segunda oração.
Nesta, o verbo analisar está na forma composta, ou seja, verbo auxiliar + verbo
principal no particípio. A oração em negrito
integra o sujeito do verbo “comprometem”.
A PREDICAÇÃO VERBAL
Há orações que apresentam complemento verbal (objeto direto e objeto
indireto). Transitivos são os verbos que trazem complemento. A transitividade
direta ocorre quando entre o verbo e seu complemento não houver preposição,
embora haja casos de objeto direto preposicionado. Já a transitividade indireta
se caracteriza pelo emprego de preposição entre o verbo e seu complemento.
Havendo objeto direto e objeto indireto, temos a transitividade direta e
indireta.
E os verbos intransitivos? Intransitivos são os que não trazem
complementos verbais. CUIDADO: Existem verbos intransitivos que apresentam
preposição, não para formar objeto indireto, mas para compor adjunto adverbial.
Observem os exemplos que seguem:
a)
Os cientistas descobriram plausíveis soluções.
Sujeito v.t.d. Objeto direto
* Observe que o verbo em uso é
transitivo, ou seja, apresenta complemento. Os cientistas descobriram algo.
“plausíveis soluções” complementa o verbo DESCOBRIR. Como o complemento não
apresenta preposição, a relação entre verbo e complemento se mostra direta. É
bom ressaltar que o sujeito praticou a ação de descobrir e “plausíveis soluções” recebeu a ação. Todo
complemento verbal direto, ou seja, todo objeto direto tem valor passivo.
b)
Os cientistas necessitam de novos dados.
Sujeito v.t.i. objeto indireto
* Já nesse exemplo, o verbo vai
buscar complemento com o apoio de uma preposição. A preposição “de” caracteriza uma transitividade indireta. Quem
necessita, necessita de algo. Justifica-se, assim, a transitividade indireta,
pois entre o verbo e seu complemento existe conectivo prepositivo.
c)
As provas trouxeram complexidades
aos candidatos
Sujeito v.t.d.i. obj. dir. obj. indir.
* O que o contexto verbal nos
revela? “As provas” trouxeram algo a alguém. Dois são os complementos verbais.
Temos o objeto direto e o objeto indireto. O objeto direto é “complexidades” ;
o objeto indireto é “aos candidatos”. Verifique, candidato(a), que o objeto
indireto está constituído por três classes de palavras: preposição, artigo e
substantivo. A preposição “a” e o artigo masculino/plural “os”
se aglutinam.
d)
Luciano viajou.
v.i.
* A intransitividade se justifica
pela ausência de complemento verbal. O prefixo “in” comunica a não transitividade verbal, isto é,
o verbo não vai buscar complemento verbal. Intransitivo, portanto, é o verbo
que não apresenta complemento verbal ( objeto direto e/ou objeto indireto ).
e)
A polícia chegou ao morro.
v.i. adjunto adverbial de lugar
f)
Ela assiste em Olinda.
v.i. adjunto adverbial de lugar
* Os dois exemplos acima demonstram que, às
vezes, a palavra verbal traz preposição. Todavia, esse conectivo prepositivo
não constitui complemento verbal. A preposição “a” do verbo CHEGAR e a
preposição “em” do verbo ASSISTIR ( no sentido de morar, residir ) proporcionam
a composição de adjuntos adverbiais de lugar. É mister esclarecer que também é
comum um verbo apresentar preposição para constituir adjuntos adverbiais. Com
isso, podemos concluir que nem sempre a preposição vinda do verbo gera
complemento verbal indireto. É como se o verbo chegasse à sua estabilidade com
o apoio do adjunto adverbial.
A TRANSITIVIDADE VERBAL E A INTRANSITIVIDADE VERBAL EM
ORAÇÕES RELATIVAS
Após a visão básica de transitividade e intransitividade verbal, como
aproveitar essa revisão de predicação verbal para aplicá-la em provas
públicas? É comum solicitarem
transitividade e intransitividade verbal em períodos compostos que tragam
pronomes relativos.
Toda oração que apresentar pronome relativo é subordinada adjetiva. Por
conseguinte, essas orações também são chamadas de orações relativas. E, ao se
usar uma oração relativa, é necessário observar se antes do pronome relativo o
emprego de preposições é oportuno ou não à norma culta do idioma. Para tanto, basta estar atento na predicação
do verbo que estiver integrando a oração subordinada adjetiva. Temos como
pronomes relativos: QUE/ QUEM/ QUAL/ ONDE/ CUJO. Confira:
g)
O livro de que necessito proporciona novos
conhecimentos.
que
* O
correto é “... de que necessito...” , pois quem necessita, necessita de algo.
Como o verbo necessitar pede a preposição “de”,
devemos deslocá-la para antes do pronome relativo “que”. Trata-se de pronome relativo, visto que esse
conectivo está sendo usado, de fato, para substituir o substantivo empregado
anteriormente. A função do pronome relativo é justamente substituir um termo
empregado anteriormente ( geralmente um substantivo ou um outro pronome ). Sua função, portanto, é um
recurso gramatical que evita a pobreza de vocabulário, ou seja, impede a
repetição literal do termo utilizado anteriormente. No exemplo acima, se o concurso público
exigir a função sintática do pronome relativo “que”, devemos afirmar ser objeto
indireto, pois a preposição exigida pelo verbo NECESSITAR se desloca para
sinalizar seu objeto indireto.
h)
O cargo o qual me referi traz conforto.
ao qual
* “O cargo ao qual me referi traz
conforto” é a estrutura que atenda à norma culta da Língua. Assim, o pronome
relativo “qual” exerce a função de objeto indireto, tendo a preposição “a” a
função de materializar a transitividade indireta exigida pelo verbo pronominal
REFERIR-SE.. Esse pronome “se” deve ser lido como pronome integrante ao
verbo.
i)
Os diretores a quem aludiram são
corruptos. { correta a regência da oração relativa }
Objeto
indireto
PARTICULARIDADE DO PRONOME RELATIVO “ONDE”
É comum afirmarem que a diferença entre “onde” e “aonde” é que “onde” não indica movimento, e “aonde”
indica movimento. Não é bem assim que devemos ler! O “a” aglutinado à forma “onde” é justamente
a preposição. Então, se houver necessidade do emprego da preposição “a” na oração subordinada adjetiva, vinda da
predicação verbal, que se desloque esse conectivo prepositivo para antes do
pronome relativo “onde”. Em “onde”, “aonde”, “donde” e “por onde” não há
diferença. Nas quatro exposições temos o
único emprego da forma ONDE: só que nas três últimas exposições existem
preposições em uso explícito. Acompanhe
os exemplos que seguem:
j)
A casa onde irei é tranqüila.
aonde
* “...
aonde irei...” é a forma correta, pois o
verbo IR pede a preposição “a”, para constituir seu adjunto adverbial de lugar.
k)
A casa aonde moro é tranqüila
onde
* Morar
não pede a preposição “a” .
Assim, como poderia usar “aonde” no exemplo acima? A forma correta é
“... onde moro...” Ressaltemos,
inclusive, que podemos substituir “onde” por “em que” . Morar solicita a preposição “em”. Como a
preposição “em” está inclusa no pronome relativo “onde”, reafirmamos que a substituição de “onde” por
“em que” tem procedência.
l) A casa donde vim é tranqüila
onde
*
Quem vem, vem de
algum lugar. Então, “... donde
vim...” é a forma
correta. Poderíamos empregar “... por onde vim...” , pois quem
vem, vem por algum lugar, também.
APLICAÇÃO
Proposição única: Julgue as estruturas que seguem,
empregando V ou F.
a)
Os relatórios
a que aspiro desapareceram da pasta.
[ V – F ]
b) As fichas as quais aludiram
provam que Murilo é incapaz. [ V
– F ]
c)
Renato encontrou as irmãs em quem confiamos [
V – F ]
d)
Há drogas aonde ele se hospedou. [ V – F ]
e)
O apartamento no qual chegamos há pinturas
raras. [ V – F ]
f)
Os livros a cujas páginas me referi esclarecem
complexos tópicos. [ V – F ]
g)
O bairro por onde caminhei não proporciona
segurança. [ V – F ]
h)
O bairro
de onde vim não proporciona segurança. [ V – F ]
i)
O bairro onde moro não proporciona segurança.
[ V – F ]
j)
O bairro aonde andei não proporciona
segurança. [ V – F ]
RESPOSTA:
a)
V
b)
F (
“...às quais...” )
c)
V
d)
F
( “...onde ele...)
e)
F
( “ No apartamento ao qual
chegamos há pinturas raras” ) * O verbo CHEGAR pede a preposição “a” para constituir seu adjunto adverbial de
lugar “aonde” . Outrossim, também se deve verificar a composição da oração
principal, ou seja, a oração que não apresenta pronome relativo, pois a
irregularidade gramatical pode estar presente. Verifica-se erro ao não se
empregar a preposição “em” fundida com o
artigo masculino/singular que antecede o substantivo “apartamento”.
f)
V
g)
V
h)
V
i)
V
j)
F
( “ ... onde andei...) / ( “... por onde andei...”) * Ambas corretas ao lado.
VERBO DE LIGAÇÃO
Sua função é ligar o sujeito ao predicativo do sujeito, sem expressar
ação. Geralmente o predicativo comunica uma “qualidade” ou um “estado” do
sujeito. Os principais verbos de ligação são: SER / ESTAR / FICAR / PERMANECER
/ CONTINUAR / PARECER ... Todavia, é bom
ressaltar que verbo de ligação exige o emprego do sujeito e do predicativo do
sujeito, sem expressar ação verbal. Se não houver sujeito ou predicativo do sujeito, o verbo
passa a ser intransitivo. CUIDADO: Não é o verbo de ligação que expressa
“estado”ou “qualidade”. Tais idéias surgem do predicativo.
a) Sílvia está animada. b) Gustavo está animado
c) Tânia continua ansiosa. d) Lula está apreensivo.
e) Marieta
ficou doente. f)
As crianças ficaram doentes.
* Os verbos destacados acima são de ligação.
Há sujeito e predicativo empregados nas estruturas frasais. Os predicativos são
os núcleos de cada predicado, caracterizando o predicado nominal. Portanto,
quem configura o predicado nominal é o predicativo. Cabe apenas aos verbos em
uso a função de ligar o sujeito ao estado ou à qualidade atribuídos. Todavia,
existem predicativos que não expressam qualidade ou estado.
g) As crianças
ficaram na sala. h) Mônica trabalhou preocupada.
i) Paulo está
no quarto.
j) São seis horas.
l) É
noite.
m) Hoje é 25 de junho de 2002.
·
Em “As crianças ficaram na sala”, o
verbo não é de ligação. Não existe predicativo, embora haja sujeito. Assim, o
verbo FICAR passa a ser intransitivo.
·
Em “Mônica trabalhou preocupada”,
embora haja predicativo e sujeito, o
verbo TRABALHAR não é de ligação, pois expressa ação. E o verbo de ligação não
pode expressar ação. O predicativo do sujeito pode ser empregado com verbos
intransitivos e transitivos. Só não haverá predicativo do sujeito se o verbo na frase for impessoal, ou seja, se a oração apresentar sujeito inexistente.
Temos, portanto, “Mônica” sendo sujeito; “trabalhou” como verbo intransitivo e
“preocupada” sendo predicativo do sujeito.
·
Em “ Paulo está no quarto”, o verbo é
intransitivo. O adjunto adverbial “no quarto” auxilia a intransitividade
verbal. Como poderia ser de ligação o verbo da oração, se não existe
predicativo? Assim como o verbo ASSISTIR ( no sentido de morar, residir ) pede
a preposição “em” para constituir seu adjunto adverbial, o verbo ESTAR alcança sua intransitividade.
DICA: Os comuns verbos de ligação, quando perdem
essa propriedade natural, passam a ser intransitivos.
·
O verbo SER ao indicar tempo/hora é
impessoal. Sendo impessoal, perdem a identidade de verbo de ligação. Adquirem a
intransitividade verbal, mantendo relação com seu adjunto adverbial de tempo.
“Seis horas”, “noite” e “hoje” / “25 de junho de 2002 são adjuntos adverbiais de tempo.
EXERC ÍCIO DIDÁTICO
01. Classifique, quanto à predicação, os verbos das
orações de 1 a 12:
01. “A
dissonância será bela.
02. “
Eu vejo um novo começo de era.”
03. “Hoje
o tempo voa, amor.”
04. A
noite oferece todos os sonhos aos jovens.
05. A
natureza estava tão triste.
06. “
O bicho estava perto.”
07. “O
tempo trouxe a sua ação benéfica ao meu coração.”
08. “...
pensei no seminário...”
09. “Ouvimos
passos no corredor...”
10. Todos
viviam muito cansados naquela época.
11. “Vivo
à margem da vida.”
12. Mandei
recado a sua mãe agora mesmo.
Gabarito:
01. VL / 02. VTD / 03. VI / 04. VTDI / 05. VL / 06. VI / 07. VTDI / 08.
VTI / 09. VTD / 10. VL 11. VI / 12.
VTDI
TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO
São os termos que acompanham determinadas estruturas para torná-las
completas. Ei-los: Objeto direto, objeto indireto, complemento nominal e agente
da passiva.
OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO
a)
Examinei o relógio de parede.
objeto
direto
b)
Distribuí alegria a todos os convidados.
obj. dir. objeto indireto
c)
Desejo que ela seja feliz.
objeto direto oracional
* O complemento verbal será
oracional, quando apresentar estrutura verbal em sua composição. Temos uma oração subordinada substantiva
objetiva direta, sendo “que” a conjunção subordinada integrante. Em período, iremos esclarecer essa
classificação da oração no exemplo acima.
d)
Vi as crianças que estavam brincando no
quintal.
* Lembra da oração com pronome relativo?
Observe que a oração em negrito acima traz o pronome relativo “que” ( conectivo
usado para substituir o termo “as crianças” ). Como se classifica essa oração?
Oração subordinada adjetiva é sua classificação. Há dois tipos de orações
adjetivas: restritiva ( não apresenta sinais de pontuação ) e explicativa (
apresenta sinais de pontuação: vírgula ou travessão ). Como não há pontuação
antes do pronome relativo “que”, a oração em negrito acima é subordinada
adjetiva restritiva. Se puséssemos uma vírgula ou um travessão antes do pronome
relativo, ela passaria a ser explicativa.
É comum em provas públicas “eles” lançarem a hipótese do emprego ou não
emprego da vírgula antes do pronome relativo, questionando o candidato se
haveria ou não existiria mudança de sentido. Como a idéia ou sentido das
adjetivas está enraizado em sua classificação, com vírgula sua idéia é explicar
e, sem o sinal de pontuação, sua idéia ou carga semântica é restringir.
Portanto, a alteração de sua pontuação acarretaria em mudança de sentido, não
sendo optativa a vírgula, enfim.
e)
Dependo de maiores informações.
objeto
indireto
f)
Obedecemos aos antigos costumes.
objeto indireto
g)
Confiamos nos investigadores.
objeto
indireto
h)
Preciso de orientações que assegurem sólidos
resultados.
Nota: Toda oração que apresentar pronome relativo é
subordinada adjetiva. Exerce a função de adjunto adnominal. Veremos que os
adjuntos adnominais estão sempre contidos em um outro termo sintático. Assim sendo,
a oração relativa em negrito acima é
adjunto adnominal oracional do núcleo do objeto indireto do verbo
PRECISAR. Todas as vezes que empregarem
uma oração relativa, ela será subconjunto do termo sintático que apresenta o
substantivo ou pronome absorvido pelo pronome relativo. Digamos que seja uma
maneira regular de “elastecer” o termo sintático anteposto ao pronome relativo
acima. Então, o objeto indireto do verbo PRECISAR é “ de orientações que
assegurem sólidos resultados” , sendo “orientações” o núcleo do objeto indireto, e “que assegurem sólidos resultados” é o
adjunto adnominal oracional do núcleo do objeto indireto.
i)
Os fiscais a quem confiaram as investigações
solicitaram mais documentos.
* Todo o termo grifado é o sujeito do verbo
SOLICITAR, sendo “fiscais” o núcleo do sujeito e, de fato, “os” e “a quem
confiaram as investigações” adjuntos adnominais. Trata-se de um adjunto
adnominal não oracional e um adjunto adnominal oracional, respectivamente. A
oração relativa em negrito é restritiva, mas se fosse explicativa exigiria
vírgulas ou travessões após “fiscais” e antes de “solicitaram”. Essa pontuação à qual fazemos alusão
hipoteticamente acarretaria em mudança de sentido e, por conseguinte, não
deveria ser lida como pontuação facultativa.
j)
Obedeço às normas que disciplinam o exercício
dos bons costumes.
* “...normas...” =
núcleo do objeto indireto.
“... que disciplinam o exercício dos bons
costumes.” = oração subordinada adjetiva. Logo, adjunto
adnominal do núcleo do objeto indireto.
“... às normas que disciplinam o exercício
dos bons costumes.” é todo o objeto
indireto do verbo OBEDECER.
k)
Nas repartições públicas onde Silveira e
Antunes trabalham, de fato, há crimes.
* Sendo “Nas repartições
públicas” um termo que indica lugar, temo-lo como adjunto adverbial de lugar.
Porém, ao se perceber o emprego do pronome relativo “onde”, faz-se necessário
estender a leitura do adjunto adverbial de lugar até a palavra “trabalham”,
pois a oração subordinada adjetiva está contida no adjunto adverbial, uma vez
que exerce a função de adjunto adnominal oracional. Como o adjunto adnominal
sempre está integrado a um outro termo sintático, o adjunto adverbial é
definitivamente “Nas repartições públicas onde Silveira e Antunes trabalham”.
OS PRONOMES PESSOAIS E A FUNÇÃO DE OBJETO DIRETO E INDIRETO
Pronomes Pessoais são conectivos usados para substituírem substantivos.
Em exames públicos é comum o emprego acentuado de pronomes em textos.
O uso de pronomes possibilita questões de semântica, de emprego e de
colocação pronominal. Vejamos:
Leia o texto que segue para responder às questões 01 e
02/
A rotina
e a quimera
Sempre se
falou mal de funcionários, inclusive dos que passam a hora do expediente
escrevinhando literatura. Não sei se esse tipo de burocrata-escritor existe
ainda. A racionalização do serviço público, ou o esforço por essa
racionalização, trouxe modificações sensíveis ao ambiente de nossas
repartições, e é de crer que as vocações literárias manifestadas à sombra de
processos se hajam ressentido desses novos métodos de trabalho. Sem embargo,
não se terão estiolado de todo, tão forte é, no escritor, a necessidade de
exprimir-se, dentro da rotina que lhe é imposta. Se não escrever no espaço de
tempo destinado à produção de ofícios, escreverá na hora do sono ou da comida,
escreverá debaixo do chuveiro, na fila, ao sol, escreverá até sem papel – no
interior do próprio cérebro, como os poetas prisioneiros da última guerra, que
voltaram ao soneto como uma forma que por si mesma se grava na memória.
E por que se maldizia tanto o literato-funcionário?
Porque desperdiçava os minutos do seu dia, reservado aos interesses da Nação,
no trato de quimeras pessoais. A Nação pagava-lhe para estudar papéis obscuros
e emaranhados, ordenar casos difíceis, promover medidas úteis, ouvir com
benignidade as “partes”. Em vez disso, nosso poeta afinava a lira, nosso
romancista convocava suas personagens, e toca a povoar o papel da repartição
com palavras, figuras e abstrações que em nada adiantam à sorte do público.
É bem
verdade que esse público, logo em seguida, ia consolar-se de suas penas na
trova do poeta ou no mundo imaginado pelo ficcionista. Mas, sem gratidão
especial ao autor, ou talvez separando neste o artista do rond-de-cuir, para
estimar o primeiro sem reabilitar o segundo.
O certo é que um e outro são inseparáveis, ou antes,
este determina aquele. O emprego do Estado concede com que viver, de ordinário
sem folga, e essa é condição ideal para bom número de espíritos: certa mediania
que elimina os cuidados imediatos, porém não abre perspectiva de ócio absoluto.
O indivíduo tem apenas a calma necessária para refletir na mediocridade de uma
vida que não conhece a fome nem o fausto; sente o peso dos regulamentos, que
lhe compete observar ou fazer observar; o papel barra-lhe a vista dos objetos
naturais, como uma cortina parda. É então que intervém a imaginação criadora,
para fazer desse papel precisamente o veículo de fuga, sorte de tapete mágico,
em que o funcionário embarca, arrebatando consigo a doce ou amarga invenção,
que irá maravilhar outros indivíduos, igualmente prisioneiros de outras
rotinas, por este vasto mundo de obrigações não escolhidas. (...)
Carlos
Drummond de Andrade. Passeios na ilha. In: Poesia completa e prosa Rio de
Janeiro: José Aguilar, 1973, p. 841.
QUESTÃO 01
Julgue os itens a seguir.
1-
No fragmento “que voltaram ao soneto” (linha.7), o vocábulo “que “ tem como
referente “última guerra” (linha.7).
2-
Em “A Nação pagava-lhe para estudar papéis” (linha.10), o vocábulo “lhe” tem
como referente “o literato-funcionário” (linha.9).
3-
Em “ouvir com benignidade as ‘partes’ “(linha.11), o vocábulo “partes” tem como
referente “quimeras pessoais”( linha.10).
4-
O vocábulos “primeiro” (linha.16) e “segundo” (linha.16) tem como referentes
“poeta” (linha.14) e “ficcionista” (linha.15), respectivamente.
5-
O vocábulos “este” e “aquele” (linha.17) tem como referentes “rond-de-cuir”
(linha.15) e “artista” (linha.15), respectivamente.
QUESTÃO 02
Quanto à correção da substituição do fragmento
sublinhado por pronome, apresentada no trecho em negrito, julgue os seguintes
itens.
1-
“A racionalização do serviço público (...) trouxe modificações sensíveis ao
ambiente de nossas repartições” (linha.2-3) / A racionalização do serviço
público ( ...) trouxe-lhas
2-
“Porque desperdiçava os minutos do seu dia, reservado aos interesses da Nação,
no trato de quimeras pessoais” (linha.9-10) / Porque os desperdiçava no trato
de quimeras pessoais
3-
“e toca a povoar o papel da repartição com palavras”(linha.12) / e toca a povoá-lo com palavras
4-
“É bem verdade que esse público, logo em seguida, ia consolar-se de suas penas
na trova do poeta” (linha.14) / É bem verdade que esse público, logo em
seguida, ia consolar-se delas na trova do poeta
5-
“sente o peso dos regulamentos, que lhe compete observar ou fazer observar”
(linha.20-21) / sente-lhe o peso
RESPOSTA:
1: E C E E C
2: C C C C E
Enquanto os pronomes pessoais do caso reto, geralmente, exercem a função
de sujeito, os pronomes pessoais do caso oblíquo funcionam como complementos
verbais. Os pronomes oblíquos o / a / os / as / me / te / se / nos / vos podem
funcionar como objeto direto. Porém, o pronome “lhe(s)” funciona como objeto indireto. Os pronomes em
negrito s também podem exercer a função de objeto indireto, dependendo da
regência do verbo.
a)
Encontrei-as ao passar pela esquina. [ objeto direto ]
b)
Vi-os preocupados. [ objeto direto ]
c)
Não lhe disseram a verdade. [ objeto indireto ]
d)
Obedeço-te. [ objeto indireto ]
e) Vi-te. [ objeto direto ]
f)
Deu-se ares de imponente. [ objeto indireto ]
g)
Ele feriu-se. [ objeto direto ]
h)
Vi o rapaz que saiu cedo. [ Vi-o ]
* O pronome em negrito no colchete representa o termo grifado.
i)
Ofereci o livro ao amigo. [ Ofereci-o ao amigo ]
j)
Ofereci o livro ao amigo. [ Ofereci-lhe o livro ]
k)
Ofereci o livro ao amigo. [ Ofereci-lho ] * O pronome em negrito representa os termos grifados
OBJETO DIRETO INTERNO
Denominação dada ao
complemento representado por uma palavra que possui o mesmo radical do verbo ou apresenta a mesma
característica significativa:
a)
Morreu morte natural.
* A espontaneidade do verbo
MORRER é ser intransitiva. Todavia, por termos empregado o substantivo “morte”
– que traz a idéia já contida na palavra verbal – o verbo MORRER deixa de ser
intransitivo e, de fato, passa a ser transitivo direto. Todas as vezes que um
verbo intransitivo apresentar um substantivo que expresse a idéia que o próprio
verbo já comunique, não teremos mais uma intransitividade, mas uma
transitividade direta, constituindo um pleonasmo na estrutura sintática do
período.
b)
Dormiu o sono dos justos e corajosos.
c)
Chorava lágrimas de felicidade.
d)
Ventava o vento da morte.
OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO PLEONÁSTICOS
É a dupla ocorrência da função sintática dos complementos verbais na
mesma oração, a fim de enfatizar o significado do termo em referência.
a)
As crianças, amo-as bastante.
* O segundo termo em
negrito é o pleonasmo. Temos um objeto
direto pleonástico, pois o pronome oblíquo representa “As crianças” – que já
exerce a função de objeto direto. O pleonasmo é usado para destacar o objeto direto
que o emissor usara.
b)
Ao pobre, não lhe devo.
c)
Ao comerciante, paguei-lhe a dívida.
d)
Ao diretor a quem me referi, à semana passada,
dei-lhe as devidas atenções.
COMPLEMENTO NOMINAL
Completa advérbio,
predicativo, substantivos vindos de verbos transitivos indiretos,
substantivos vindos de verbos transitivos diretos ( desde que apresentem
valor passivo), substantivos abstratos.
a) Não
às determinações inflexíveis.
Complemento nominal [ completa
advérbio ]
b) Ela
é fiel a seus pais.
Compl. nominal [ completa
o predicativo do sujeito ]
c)
Sou-lhe grato. [ O sujeito está implícito; “grato” é o
predicativo do sujeito implícito; o
pronome grifado complementa o predicativo. Logo, “lhe” é complemento nominal
por completar o predicativo do sujeito. Como o predicativo do sujeito está
constituído por um adjetivo, podemos argumentar morfologicamente, dizendo que o
pronome grifado é complemento nominal por complementar um adjetivo ].
d) A
necessidade de orientações. [
complemento nominal ]
e) Necessitar de orientações [ complemento verbal / objeto indireto ]
* “Necessitar é um verbo
transitivo indireto, sendo “de orientações” objeto indireto; “necessidade” é
substantivo vindo de verbo transitivo indireto. Portanto, quando um substantivo
vier de um verbo transitivo indireto, teremos complemento nominal.
f) A dependência de drogas proporcionou ao infeliz rapaz amarga existência.
[
complemento nominal ]
g) A produção de leite trouxe expressivo lucro
ao fazendeiro.
Produzir
leite foi oportuno ao fazendeiro.
·
Quando um substantivo vier de verbo transitivo
direto, haverá complemento nominal se existir valor passivo; havendo valor
ativo, teremos adjunto adnominal. No exemplo acima, “de leite” é complemento
nominal, pois mantém relação com um substantivo vindo de um verbo transitivo
direto ( produzir ) e o valor é passivo ( Leite é produzido por alguém ).
h) O consumo de drogas nas favelas garantiu a
violência a todos os moradores. [ compl.
nominal ]
i) Tenho
medo de fantasmas. [ complemento nominal ]
j) De que os policiais federais, garantiu o
porta-voz da presidência, estão preocupados
com os crimes acentuados nas fronteiras, não há dúvida. [ O termo grifado é complemento nominal
oracional, sendo o termo regente a palavra “dúvida”; o termo em negrito é complemento nominal, sendo o termo regente
o predicativo “preocupados”. ]
k) A
necessidade de obediência às normas de proteção às terras é expressiva.
-
“de obediência” é complemento nominal,
sendo o termo regente “necessidade”
-
“às normas de proteção” é complemento
nominal, sendo o termo regente “obediência”
-
“às terras” é complemento nominal,
sendo o termo regente “proteção”
O livro de cuja
necessidade tenho custa caro. [
complemento nominal ]
·
O pronome relativo “cuja” no exemplo
acima dá início à composição de uma oração subordinada adjetiva restritiva.
Lendo a oração relativa, temos: um sujeito implícito para o verbo “tenho”;
“necessidade” é o objeto direto do verbo “tenho”; “de cuja” é complemento
nominal, sendo seu termo regente a palavra “necessidade” ( ... tenho
necessidade do livro ).
·
Assim, além da comum função sintática
de adjunto adnominal, o pronome relativo “cujo” pode exercer a função de
complemento nominal.
VOZES VERBAIS E O AGENTE DA PASSIVA
a) voz
ativa = sujeito pratica a ação
b) voz
passiva = sujeito sofre a ação
c) voz
reflexiva = sujeito pratica e sofre a ação ao mesmo tempo
d) voz
recíproca = há correspondência de ações verbais
Exs.:
1. Eu
reconheci os criminosos. [ voz ativa
]
2. Os criminosos foram
reconhecidos por mim. [ voz
passiva analítica ]
3. Reconheceram-se os criminosos. [ voz passiva sintética ]
4. Paulo feriu-se. [ voz reflexiva ]
5. Lourdes e Gustavo se amam. [
voz recíproca ]
Obs.:
A voz passiva pode ser sintética e analítica. Havendo pronome
apassivador, temos a
voz passiva sintética ( v.t.d. +
se / v.t.d.i + se ). Já a voz passiva analítica não apresenta partícula
apassivadora.
6. Comunicaram
os fatos ao diretor. [ voz ativa ]
7. Comunicaram-se os fatos ao diretor. [ voz passiva sintética ]
8. Os fatos foram comunicados ao
diretor. [ voz passiva analítica ]
9. O que se vê é um
poço sem fim, o mal em estado puro.
* Todas
as vezes que encontrarmos “o” antes do conectivo “que”, podendo substituir “o”
por “aquele” ou “aquilo” , “o” é pronome demonstrativo e “que” é pronome
relativo. No exemplo acima, “o” é pronome demonstrativo, pois podemos
substituí-lo por “aquilo”. Sendo “que” pronome relativo, temos o início da
oração subordinada adjetiva, visto que toda oração subordinada adjetiva é
iniciada por pronome relativo. Trata-se a oração grifada acima de uma oração
subordinada adjetiva restritiva. Sua voz verbal é passiva sintética ( verbo
transitivo direto acompanhado da partícula apassiva “se” ). Já a oração principal
“O ... é um poço sem fim, o mal em estado puro” não apresenta voz verbal, pois
temos verbo de ligação em sua estrutura. Como teríamos voz verbal se verbo de ligação não expressa ação?
TESTE:
01. Tendo por parâmetro o texto original, julgue
o período reescrito quanto à manutenção de sentido na nova versão.
Texto original: A racionalização do serviço público, ou o
esforço por essa racionalização trouxe modificações sensíveis ao ambiente de
nossas repartições.
Versão: Modificações sensíveis ao
ambiente de nossas repartições foram trazidas pela racionalização do
serviço público, ou pelo esforço por
essa racionalização.
·
No texto original temos o emprego da
voz ativa; na versão se empregou a voz passiva analítica. Verifica-se que o
sujeito da ativa ( “A racionalização do serviço público, ou o esforço por essa
racionalização ) passou a ser agente da
passiva, e o objeto direto da ativa ( “modificações sensíveis” ) passou a ser sujeito da passiva. Com isso,
não há na versão mudança de sentido e não existe na transformação da ativa para
a passiva impropriedade gramatical. É comum em provas públicas eles exigirem o
tópico SEMÂNTICA, mudando um determinado fragmento do texto de ativa para
passiva ou de passiva para ativa.
02.
Em “ O volume de contrabando que está ingressando no país...” está na
voz ativa. Passando para a voz passiva, não haverá mudança de sentido. V - F
·
Falso. Não se passa para a passiva
estrutura oracional ativa que não apresenta objeto direto. Só podemos passar
uma oração na voz ativa para a voz passiva, se houver objeto direto, pois todo
objeto direto tem valor passivo. Passar para a passiva nunca acarreta mudança
de sentido. Todavia, tem-se como falso o julgamento da proposição, pois não se
pode passar para a passiva a estrutura oracional. Trata-se o termo grifado (
“está ingressando”) de uma locução verbal intransitiva, sendo “no país” o
adjunto adverbial de lugar.
03. Quanto à
correção da substituição do fragmento sublinhado por pronome, apresentada no trecho em negrito, julgue os seguintes
itens.
1 -
1 “A racionalização do serviço
público (...) trouxe modificações sensíveis ao ambiente de nossas
repartições” / A racionalização do serviço público (...)
trouxe-lhas. [V – F ]
*
Verdadeiro. Todo o termo grifado representa o objeto direto e o objeto indireto
do verbo trazer. Ora, sendo “modificações” o núcleo do objeto direto e
“ambiente” o núcleo do objeto indireto, temos a contração do pronome “lhe” (
pronome que representa o objeto indireto ) com o pronome “as” ( pronome que
representa o objeto direto ).
2 -
2 “Porque desperdiçava os
minutos do seu dia, reservado aos interesses da Nação, no trato de quimeras
pessoais” / Porque os desperdiçava no
trato de quimeras pessoais. [ V – F ]
*
Quem desperdiça, desperdiça algo. Desperdiçar traz sua transitividade direta no
exemplo acima. O termo grifado é o objeto direto do verbo desperdiçar. O núcleo
do objeto direto é “minutos”, enquanto “os”, “do seu dia” e “reservado aos
interesses da Nação” são adjuntos adnominais. Este último termo ( “reservado
aos interesses da Nação ) é o adjunto adnominal oracional, pois a oração é
subordinada adjetiva explicativa reduzida de particípio. Como apenas o núcleo
dos termos sintáticos são representados sintaticamente, temos o pronome “os”
proclítico ao verbo corretamente empregado para substituir todo o termo grifado
na proposição.
3 -
3 “...sente o peso dos
regulamentos, que lhe compete observar ou fazer observar” / sente-lhe o
peso. [ V – F ]
* Falso. O pronome “lhe”
precisa receber a desinência de número /s/ para que represente o
substantivo núcleo “regulamentos”. Sua função sintática é de adjunto adnominal.
Nem sempre o pronome “lhe” exerce a função de objeto indireto: o verbo SENTIR
pede apenas objeto direto. O termo sintático “que lhe compete observar ou fazer
observar” é o adjunto adnominal oracional do adjunto adnominal ( “dos
regulamentos”) do núcleo do objeto
direto do verbo sentir, ou seja, o substantivo “peso”.
TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO
São aqueles que vão
acompanhar substantivos, pronomes ou verbos, informando alguma característica
ou circunstância. Ei-los: aposto, adjunto adnominal e adjunto adverbial.
APOSTO
Sua finalidade
é explicar, identificar, esclarecer, especificar, comentar ou simplesmente
apontar algo, alguém ou um fato.
APOSTO EXPLICATIVO:
Sônia, a tia de meu tio,
viajou.
Marília e Dirceu, os noivos
da Inconfidência, eram Maria Dorotéia e Tomás Antônio Gonzaga.
APOSTO ENUMERATIVO:
Víamos somente três coisas:
vales, montanhas, campinas.
APOSTO RESUMITIVO:
Os pais, os
avós, os tios, todos, foram a Portugal.
Amor,
dinheiro, fama, tudo, passam.
APOSTO COMPARATIVO:
Meu
coração, uma nau ao vento, está sem rumo.
APOSTO ESPECIFICATIVO:
O poeta
Manuel Bandeira proporcionou inovações literárias a nós.
O rio
Beberibe está sujo.
O Estados
Unidos é um mau exemplo.
APOSTO DISTRIBUTIVO:
Separe
duas folhas: uma para o texto e a outra para as perguntas.
APOSTO ORACIONAL:
Gritou a
verdade a todos: que Lourdes é a criminosa.
ADJUNTO ADNOMINAL ( perto, perto, perto do substantivo )
Termo que mantém relação com
o substantivo. O substantivo é a classe
gramatical que tem precedência em relação às demais palavras, pois é quem dá
nome aos seres. Assim sendo, as demais classes gramaticais estão subordinadas
ao substantivo. Geralmente exercem a função de adjunto adnominal o adjetivo, o
numeral, o pronome e o artigo.
a) Os
simpáticos rapazes voltaram do clube.
Sujeito : “Os simpáticos rapazes”
Núcleo do sujeito: “rapazes”
Adjuntos adnominais do
sujeito: “Os” , “simpáticos”
Adjunto adverbial: “do clube”
Núcleo do adjunto adverbial:
“clube”
Adjunto adnominal do núcleo
do adjunto adverbial: o artigo “o” que está aglutinado com a preposição “de”
b) Todo
sábado, estudamos alguns tópicos, caro amigo.
Adjunto adverbial de tempo:
“Todo sábado”
Núcleo do adjunto adverbial
de tempo: “sábado”
Adjunto adnominal do núcleo
do adjunto adverbial de tempo: “Todo”
Objeto direto do verbo
“estudamos”: “alguns tópicos”
Núcleo do objeto direto:
“tópicos”
Adjunto adnominal do núcleo
do objeto direto: “alguns”
Vocativo: “caro amigo”
Núcleo do vocativo: “amigo”
Adjunto adnominal do núcleo
do vocativo: “caro”
c) A
pessoa que estuda vence expressivas fronteiras.
Sujeito: “A pessoa que
estuda”
Núcleo do sujeito: “pessoa”
Adjuntos
adnominais do núcleo do sujeito: “A” e
“que estuda” ( trata-se de uma oração
subordinada adjetiva. Como toda oração subordinada adjetiva exerce a função de
adjunto adnominal, temos um adjunto adnominal oracional restritivo, sendo “que”
o pronome relativo que exerce a função de sujeito do verbo “estuda”. Os
adjuntos adnominais estão sempre “dentro”, ou melhor, integrando o termo
sintático que o apresenta. )
Objeto
direto: “expressivas fronteiras”.
Núcleo do
objeto direto: “fronteiras”
Adjunto
adnominal do núcleo do objeto direto: “expressivas”
d) Vi
as provas que Sônia fez, à semana passada.
O objeto
direto do verbo VER é “as provas que
Sônia fez, à semana passada”. Observe que o núcleo do objeto direto é o
substantivo “provas”, o artigo que está anteposto ao substantivo “provas” é
adjunto adnominal do núcleo do objeto direto. Todavia, não existe apenas um
adjunto adnominal, pois o termo grifado é uma oração que apresenta pronome
relativo ( “que” substitui o substantivo “provas” ). Lembra? Toda oração que
apresentar pronome relativo é subordinada adjetiva, exercendo a função de
adjunto adnominal oracional. Como todo adjunto adnominal está contido em uma
função sintática maior, devemos incluir a oração subordinada adjetiva como
termo sintático que constitui também o objeto direto do verbo VER.
e) João
Paulo II, que é o Papa, está doente.
O termo em negrito acima
é adjunto adnominal oracional do núcleo do sujeito do verbo ESTAR. Temos uma
oração subordinada adjetiva explicativa. Cuidado: Não é
difícil encontrar em questões do provas públicas impropriedade gramatical no
emprego da pontuação das orações adjetivas. No exemplo acima, a oração em
negrito só pode ser explicativa, pois seu valor é absoluto. Como pensar em
restrição, se apenas uma pessoa assume o papado. Toda oração subordinada
adjetiva com valor absoluto só pode ser explicativa, devendo ser pontuada com
vírgulas ou travessões.
ADJUNTO ADVERBIAL
Termo representado por advérbios, relacionando-se com o verbo, o
adjetivo ou com outro advérbio. São
classificados pela idéia que comunicam.
a) Paulo
emprestou o dinheiro sábado passado. [
adjunto adverbial de tempo ]
b) Onde
a marcha alegre se espalhou? [ adjunto
adverbial de lugar ]
c) Como
acabou o dia? [ adjunto adverbial de
modo ]
d) Almoçou
pouco. [ adjunto adverbial de
intensidade ]
e) Por
que ele tremia? De medo. [ adjunto
adverbial de causa ]
f)
Venha jantar comigo. [ adjunto adverbial de companhia ]
g) Com
a máquina conseguiu fazer todo o trabalho.
[adjunto adverbial de instrumento]
h) Talvez
ele chegue mais cedo. [ adjunto
adverbial de dúvida ]
i)
Vivia para o trabalho. [ adjunto adverbial de finalidade ]
j)
Viajou de avião. [ adjunto adverbial de meio ]
k) Falávamos
sobre produtos importados, à mesa. [
adjunto adverbial de lugar ]
l)
Não permitirei a sua dispensa. [adjunto adverbial de negação ]
m) Descendia
de nobres. [ adjunto adverbial de origem
]
n) Sairia
sim, naquela manhã. [ adjunto adverbial
de afirmação ]
o) Comprou
um relógio de ouro. [ adjunto adverbial
de matéria ]
p) A
camisa custou vinte reais. [ adjunto
adverbial de valor ou de preço ]
q) Andava
a cavalo, tranqüilamente. [ adjunto
adverbial de meio ]
r) Trocou
uma caneta por um lápis. [ adjunto
adverbial de permuta ]
s) Sobre
a mesa, Senhores e Senhoras, há suficientes provas. [ adjunto adverbial de
lugar ]
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO
Sujeito e
predicado são, no geral, os termos essenciais da oração. No geral, pois existe
oração sem sujeito. Ao sujeito se atribui a prática da ação, na maioria das
vezes. O predicado é tudo menos o sujeito.
SUJEITO
a)
Sujeito determinado simples – Quando empregado
na oração, apresentando um núcleo.
Ex.: Antônio continua inquieto.
b)
Sujeito determinado composto – Há mais de um
núcleo.
Ex.: Regina e Roberto estão
inquietos.
c)
Sujeito indeterminado – verbo na 3ª pessoa do
plural sem referenciar o sujeito; verbo no infinitivo sem
referenciar o sujeito; v.t.i. + se / v.i. + se / v. de
ligação + se
Exs.:
Estudam Matemática e Língua
Portuguesa, todos os dias.
*
Verbo na 3a pessoa do plural, sem indicar quem pratica a ação espelha um
sujeito indeterminado. Contudo, se o contexto comunicar ou revelar o sujeito,
passamos a ter um sujeito implícito. Ou seja, em “Lúcia e Paula foram à praia.
Beberam água de coco.” Para o verbo
BEBER o sujeito está implícito .
Aspira-se a cargos
públicos. [ verbo transitivo indireto +
índice de indet. do sujeito ]
Está-se orgulhoso. [ verbo de ligação + índice de indeterminação
do sujeito ]
Trabalha-se bastante, naquele escritório. [ verbo intransitivo + índice de indet. do
sujeito ]
* Nos três
exemplos acima, o sujeito está indeterminado. Cuidado com os concursos
públicos, pois é comum flexionarem os verbos em negrito s, pondo-os na 3a
pessoa do plural. Verbo intransitivo, transitivo indireto ou verbo de ligação
seguido do pronome “se” não recebe flexão verbal. Flexioná-los seria erro de
concordância verbal.
Reviver boas ações é oportuno
ao homem.
·
“Reviver boas ações” é o sujeito oracional do verbo SER
·
“boas ações” é o objeto direto do verbo REVIVER.
·
“Reviver boas ações”, por ser uma
oração com o verbo no infinitivo sem referenciar o agente da ação traz um
sujeito indeterminado.
d)
Sujeito acusativo – Quando o sujeito exerce a
função de objeto direto, também. Ocorre apenas com os verbos MANDAR, DEIXAR,
FAZER, OUVIR, SENTIR e VER + o termo que será o sujeito acusativo + verbo no
infinitivo ou no gerúndio.
Mandar
Deixar
Fazer +
Substantivo ou pronome + verbo no infinitivo ou no gerúndio
Ouvir
Sentir
Ver
Exs.:
Vi o rapaz cantar (vi-o
cantar) * O termo grifado é o sujeito acusativo, pois
exerce a função de objeto direto do verbo VER e a função de sujeito do verbo
CANTAR.
Não o deixei dormindo. * o termo grifado é sujeito acusativo
oracional.
Ouvi pessoas trabalhar.
* O sujeito acusativo é representado pronominalmente por pronomes
pessoais do caso oblíquo. Assim, o pronome em negrito ao lado representa o substantivo grifado
“pessoas”. Se usássemos “Ouvi elas trabalhar” haveria erro quanto ao emprego de
pronomes.
Ouvi-as trabalhar.
Percebi eles chegando à porta
[ correto ]
Percebi-os chegando à
porta [ errado, pois não temos sujeito
acusativo ]
* O
sujeito acusativo, ou seja, o sujeito objetivo direto só ocorre com os verbos
selecionados acima [ mandar/deixar/fazer/ouvir/sentir/ver ]. Em latim, o nosso
objeto direto é chamado de acusativo. Logo, sujeito acusativo é o sujeito do
infinitivo ou do gerúndio que exerce a função do objeto direto dos verbos
selecionados acima. Sua representação pronominal é com os oblíquos. Não havendo
sujeito acusativo, o termo referenciado ( o substantivo contextualizado ) deve
ser substituído por pronome pessoal do caso reto.
e)
Sujeito oracional – Quando o núcleo do sujeito
for constituído por um verbo.
Exs.:
Estudar todo o programa é
necessário.
Quem estuda edifica castelos.
* CUIDADO: O uso de vírgula entre o sujeito oracional e
seu verbo diretamente empregados é comum. Logo, “Quem estuda, edifica castelos”
apresenta erro de pontuação.
Comunicar os fatos que nos
circundam aos leitores que nos acompanham proporciona conforto.
·
Todo o termo em negrito acima é o sujeito oracional do verbo
“proporciona”. Os dois termos grifados são respectivamente objeto direto e
objeto indireto. Existem orações subordinadas adjetivas ( adjuntos adnominais
oracionais ) integrando os complementos verbais. Só o ponto final no período
estaria correto. Todavia, se o emissor quiser, pode tornar as orações
subordinadas adjetivas restritivas em orações subordinadas adjetivas
explicativas. Para tanto, bastaria pontuar com vírgulas ou travessões as
orações adjetivas. Vejamos:
·
1) Comunicar os fatos, que nos
circundam, aos leitores, que nos acompanham, proporciona conforto;
·
2) Comunicar os fatos - que nos
circundam - aos leitores – que nos acompanham – proporciona conforto;
·
3) Comunicar os fatos, que nos
circundam, aos leitores que nos acompanham proporciona conforto ( apenas a
primeira oração subordinada adjetiva é explicativa );
·
4) Comunicar os fatos que nos circundam
aos leitores , que nos acompanham, proporciona conforto. ( apenas a segunda
oração adjetiva é explicativa).
f)
Sujeito Inexistente
São estruturas que não
apresentam sujeito:
- Verbo “haver” no sentido de
“existir”.
- Verbo “fazer” indicando
tempo.
- Verbos que expressam
fenômenos naturais.
- Verbo “ser” indicando tempo
/ hora.
Exs.:
Haveria reuniões, se...
Há de haver dificuldades.
·
O verbo HAVER no sentido de existir é
impessoal, ou seja, a oração é sem sujeito. Deve ser empregado sempre na 3a
pessoa do singular. Os concursos públicos geralmente solicitam a concordância
verbal. Logo, é oportuno ressaltar que o verbo HAVER nesse caso ( no sentido de
EXISTIR ) não se flexiona. Quanto à predicação, deve ser lido como transitivo
direto. Em “Haveria reuniões, se...”, “reuniões” é objeto direto. Como verbo
não concorda com complemento verbal, use o verbo na 3a pessoa do singular,
sempre. Em “Há de haver dificuldades”, observe que o verbo auxiliar da locução
verbal permanece na 3a pessoa do singular.
Portanto, também está correta a concordância verbal, não havendo
impropriedade gramatical na estrutura frasal.
São quatro horas.
* Trata-se de uma oração sem sujeito. Mesmo
assim, o verbo está com propriedade no plural. É que o verbo SER deve manter
concordância com o núcleo do adjunto adverbial de tempo. Sintaticamente,
“quatro horas” é adjunto adverbial de tempo, sendo “horas” o núcleo do adjunto
adverbial de tempo, e “quatro” é adjunto adnominal do adjunto adverbial de
tempo. Embora haja literaturas dizendo que “quatro horas” é predicativo, leia
“quatro horas” como adjunto adverbial de tempo. Outrossim, ressaltemos que o
verbo SER não está concordando com o número de horas. Em verdade, o verbo SER
está concordando com o núcleo do adjunto adverbial de tempo, visto que o substantivo tem
precedência, sendo o numeral seu adjunto adnominal. Assim, se encontrar em uma
prova a afirmação de que em “São quatro horas” não há impropriedade gramatical,
pois o verbo SER está concordando com o número de horas, julgue como incorreta
tal argumentação.
Faz duas
semanas, apenas.
*
FAZER, indicando tempo, também é impessoal. Deve ser empregado na 3a
pessoa do singular. Cuidado para não confundir com o verbo FALTAR. Este é
pessoal. Assim, devemos escrever, por exemplo, “FALTAM DUAS SEMANAS,
APENAS” e FAZ DUAS SEMANAS, APENAS. Na
primeira estrutura, “DUAS SEMANAS” é
sujeito, enquanto na segunda oração, de fato, “DUAS SEMANAS” é adjunto
adverbial.
Choveu pouco, ontem.
Choveram conflitos durante o
jantar.
*
Os verbos que expressam fenômenos naturais apresentam oração sem
sujeito, permanecendo na 3a pessoa do singular. Contudo, em “Choveram conflitos
durante o jantar”, temos a flexão na concordância, pois está no sentido
figurado.
Faz / Fazem dois anos,
deixando-nos convictos que os amamos, os gêmeos. ( Use o verbo no plural, pois “os gêmeos”é o
sujeito do verbo FAZER.
PREDICADO
É o que se diz quanto ao sujeito. Tudo menos o sujeito é o predicado. E
se a oração não apresentar sujeito, teremos apenas predicado. Neste último
caso, predicado já não será o que se diz sobre o sujeito. Classifica-se em
predicado nominal, verbal, verbo-nominal. Quem caracteriza o predicado verbal é
o verbo principal ( v.t.d./ v.t.i. / v.t.d.i. / vi ); quem caracteriza o
predicado nominal é o predicativo do sujeito. Havendo verbo principal e
predicativo, temos predicado verbo nominal.
a)
Luciana trabalhou pouco. [ predicado verbal ]
b)
Hortência está animada. [ predicado nominal ]
c)
Hortência jogou animada. [ predicado verbo nominal ]
d)
São duas horas. [ predicado verbal ]
e)
Elas permanecem na sala. [ predicado verbal ]
f)
Elas viraram freiras. [ predicado nominal ]
g)
Elas estão na sala preocupadas. [ predicado nominal ]
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
01. Classifique
sintaticamente os termos sublinhados:
a) Insisti
no oferecimento da madeira, e ele
estremeceu. A nossa conversa era seca.
“no oferecimento”
.............................................
“da madeira”
............................................
“A nossa conversa” ...........................................
“seca”
...........................................
b) Relativamente
aos limites, julgo que podemos resolver isso
depois, com calma.”
“aos limites” ........................................
“isso” ........................................
“depois”
.......................................
“com calma” ......................................
02. O
termo sublinhado nas frases abaixo deve ser classificado de acordo com o
seguinte código:
[ 1 ] sujeito [ 2 ]
predicativo [ 3 ] objeto direto [ 4 ]
objeto indireto
[ 5 ] complemento
nominal [ 6 ] adjunto
adnominal
a) [ ] Os
homens se enganam no conhecimento das coisas visíveis.
b) [ ] Uma
coisa preferem os melhores a tudo: a glória eterna.
c) [ ] Se
todas as coisas se tornassem fumaça, conhecer-se-iam com as narinas.
d) [ ] É
cansativo servir e obedecer aos mesmos senhores.
e) [ ] Não
confio suficientemente na compreensão dos leitores.
f)
[ ] Foi
lá que me ofereceram certa vez um raio de sol.
g) [ ] ... passa-se o ano inteiro com o coração
repleto das alegrias do Natal.
h) [ ] ...
dava-lhe uma estranha sensação de orfandade.
i)
[ ] E
agora lhe vinha uma súbita e enternecida saudade do pai.
j)
[ ] Há
homens que nasceram talhados para o
sacrifício.
l)
[ ] Eu
não tenho vocação para mártir.
m) [ ] ... que com freqüência vinha ao semblante
das mulheres do Rio Grande: o medo ancestral da guerra.
n) [ ] Não
era um triunfo que ela julgasse digno de si.
o) [ ] Não
era um triunfo que ela julgasse digno de si a torpe humilhação dessa gente ante
sua riqueza.
p) [ ] Vi
as grandes raivas do mouro, por causa de um lenço, um simples lenço.
q) [ ] ...
e aqui dou matéria à meditação dos psicólogos deste e de outros continentes.
r) [ ]
Mal os Carapicus sentiram a aproximação dos rivais...]
s) [ ]
Cada qual correu a casa em busca do ferro, do pau e de tudo que servisse
para resistir.
t)
[
] ... e todos tiveram confiança
nele.
u) [ ] As
navalhas, traziam-nas abertas e escondidas na palma das mãos.
v) [ ] As
navalhas, traziam-nas abertas...
x) [
] Verias, então, a sombra da tua
forma anterior a ti mesma.
z) [
] Quisera dar-te também o mar
onde nadei menino.
GABARITO:
01. a)
no oferecimento: objeto indireto
da madeira :
compl. nominal
a nossa conversa: sujeito
seca: predicativo
b)
aos limites :
compl. nominal
isso: objeto direto
depois: adj. Adv. de tempo
com calma: adj. Adv. de modo
02.
a)
5
b)
1
c)
2
d)
4
e)
6
f)
6
g)
6
h)
5
i)
5
j)
5
l) 5
m)
5
n)
5
o)
5
p)
6
q)
6
r)
6
s)
5
t)
5
u)
3
v)
2
x) 5
z)
2
SIMULADO I
01. Numa
oração, o predicado pode ser: 1) nominal,
2) verbal, 3) verbo-nominal
Use esse
código nos parênteses e assinale a série obtida.
( ) Pois para mim esta sua idéia é novidade.
( ) ...tornar a língua portuguesa odiosa.
( ) A recepção do Aston vivia sempre cheia de
gente.
( ) As palavras significam pouco.
( ) Alguém já me escreveu.
a) 1 – 3 –
1 – 2 – 1 b) 3 – 1 – 1 – 2 – 2 c) 1 – 3 – 1 – 2 – 2
d) 2 – 3 –
1 – 1 – 2 e) 3 – 2 – 1 – 1 – 2
02. O
termo sublinhado não é sujeito em:
a) Se o
leitor conhece um homem forte, mas muito forte mesmo, imagine uma pessoa duas
vezes mais forte.
b) ... e
encaminha-lo ao hotel, onde lhe fora reservado um apartamento.
c) Que o
Santa Cruz me perdoe, mas era um caso de vida ou de morte.
d) Ora, se
meu amigo de fato era meio ruivo, seu jeitão era mineiro.
e) Ninguém está com relógio nesta casa.
03. Só
não é predicativo o termo sublinhado em:
a) Parecia
feliz em sua casa.
b) Assim,
vendo o passarinho encorujado a um canto, decidimos doá-lo.
c) Este
refrão me deixa meio esquisito.
d) Era um
canário ordinário.
e) O
garoto ficou firme.
04. Objeto
indireto é o complemento verbal introduzido por preposição exigida pelo verbo.
Há objeto indireto em:
a)
O primeiro não agüentou a crise da puberdade.
b)
Nós o amávamos desse amor vagaroso e
distraído.
c)
Não importa, conseguiu depressa um lugar em nossa
afeição.
d)
Às crianças, aqui de casa tocaram um bicudo e um canário.
e)
O choro da menina se desfez em uma gargalhada
cheia de lágrimas.
05. “Vai-te
embora, canarinho, que não te quero mais.” Os termos sublinhados são,
respectivamente:
a)
objeto direto / objeto direto
b) objeto
indireto / objeto direto
c) palavra de realce / objeto direto
d) objeto direto / palavra de realce
e) palavra de realce /
palavra de realce
06. Há
complemento nominal em:
a)
Você devia vir cá fora receber o beijo da
madrugada.
b)
... embora fosse quase certa a sua
possibilidade de ganhar a vida.
c)
Ela estava na janela do edifício.
d)
... sem saber ao certo se gostávamos dele.
e)
Pouco depois começaram a brincar de bandido e
mocinho de cinema.
07. Diz-se
impessoal o verbo que não tem sujeito. Não ocorre verbo impessoal em:
a)
Em São Paulo, há 7 anos, nasceu também uma
criança assim.
b)
Vamos supor que tenha nascido às cinco da
tarde.
c)
Há esperança de bonde em todos os postes.
d)
Ainda é noite dentro do quarto fechado.
e)
Quando tem comida para levar, eu almoço.
Quando não tem, não tem.
08. Em
que caso o SE funciona como pronome apassivador?
a)
... a rua inteira, atravancada, sabia que se
estava perpetrando um assalto ao banco.
b)
Moleques de carrinho corriam em todas as
direções, atropelando-se uns aos outros.
c)
... melancias rolavam, tomates
esborrachavam-se.
d)
Os grupos divergentes chocavam-se.
e)
Mas a mulher já se trancara lá dentro.
09. É
adjunto adnominal o termo sublinhado em:
a)
Lá em baixo todo o mundo carrega o coração
dentro do peito.
b)
Tinha o coração fora do peito, como se fora um
coração postiço.
c)
Menino do coração fora do peito, você devia cá
fora receber o beijo da madrugada.
d)
Se ele ficar fora do peito é logo ferido e
morto.
e)
O anjinho está no céu.
10. “Os
anjinhos estavam cada vez mais espanados.
Pouco depois começaram a brincar de bandido e mocinho de cinema, e aí, acabou a
história. Porém, o menino estava aborrecido, foi dormir. Deixa o anjinho dormir
sono sossegado, Dr. Cláudio.”. Não funciona como sujeito:
a)
os anjinhos
b) a história
c) o
menino
d) o
anjinho
e) Dr.
Cláudio.
GABARITO:
01.c 06. b
02. a 07. b
03. d 08. a
04. d 09. c
05. c 10. e
SIMULADO II
Nas questões de 01 a 04,
marque o item sublinhado que apresenta erro de estrutura sintática ou de
propriedade vocabular.
01. Ao falarmos em [a]
inspeção pericial, para fins [b] de perícia da Justiça do trabalho, é
necessário que se faça [c], primeiramente, uma rápida recapitulação do
histórico da legislação no que [d] tange à [e] doenças ocupacionais.
a) A b) B
c) C d) D e) E
02. Para o desempenho de suas
funções, pode o perito e assistente técnico utilizar-se [a] de todos os meios
necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos
que estejam em poder da parte ou em repartições públicas, bem como [b] instruir
o laudo com plantas, desenhos e quaisquer outras peças. O artigo 429 se aplica,
por exemplo, aos locais em que a obra está concluída, não mais havendo ali
trabalhadores em exercício. Então, baseados [c] nesse artigo, podemos realizar
a inspeção pericial em outra obra, desde que mantido [d] as mesmas condições
técnicas de trabalho do tempo em que [e] o reclamante ali trabalhava.
a) A b) B
c) C d) D e) E
03. A Justiça do Trabalho
custará R$ 3 bilhões em 1999. Essa importância não seria excessiva se acaso
viesse [a] sendo acionada unicamente em casos relevantes e inevitáveis, após
falharem[ b] todas as tentativas de prevenção e solução dos conflitos
diretamente pelas partes. A vulgarização do Judiciário, talvez estimulada pela
inexistência de custos, não deveria contribuir para projetar imagem negativa do
País, desencorajando a geração de empregos. Se desejamos ampliar e modernizar o
mercado, é indispensável colocarmos o dedo na ferida, procurando saber as
razões por que [c], à medida que[d] aumentam o desemprego e as relações
informais de trabalho, o País se converte em fonte inesgotável de reclamações
trabalhistas, sem que disso resultem[e] a elevação do padrão de vida dos
assalariados.
a)
A b)
B c) C
d) D e) E
04. As reações inflamatórias
brônquicas nas broncopneumonias ocupacionais (BPO) são menos [ a ] claras, ou,
pelo menos, não estão conceituadas com a mesma firmeza que [b ] as
broncoespásticas. A não ser a bronquiolite dos enchedores de silo, causada pela
exposição aguda a [c ] gases de N2, as demais inflamações brônquicas têm sua
relação com a exposição ocupacional insuficientemente comprovada. Morgan, o
principal estudioso desse assunto, tem, porém, desde 1978, uma posição
favorável à [d] hipótese que [e] a exposição ocupacional a poeiras possa causar
sintomas respiratórios.
a) A b) B
c) C d) D e) E
05. Assinale a opção em que o(s) fragmento( s)
sublinhado(s) está(ão) substituído(s) incorretamente por pronome(s).
a) Quando peço a observância
da lei, é justamente porque a lei é o abrigo da tolerância e da bondade. / Quando peço a sua observância, é justamente
porque ela é o abrigo da tolerância e da bondade.
b) (...) aquela que consiste
na distribuição da justiça, isto é, no bem distribuído aos bons (...) / (...)
aquela que consiste na distribuição da justiça, isto é, no bem
distribuído-lhes(...)
c) Há algum chefe de partido
(...) que não goze de prerrogativas especiais? / Há algum chefe de partido
(...) que não goze delas?
d) Nas poucas vezes em que me
atrevo a perturbar a serenidade absoluta deste recinto e a contrariar os
sentimentos dos meus honrados colegas, tenho consciência, Sr. Presidente, de
ter-me colocado sempre em um plano, que não se opõe nem à tolerância nem à paz
(...) / Nas poucas vezes em que me atrevo a perturbá-la e a contrariá-los, tenho
consciência, Sr. Presidente, de ter-me colocado sempre em um plano, que não se
opõe nem à tolerância nem à paz (...)
e) (...) o único terreno em
que nós, todos nós poderíamos aproximar e dar-nos as mãos (...) / (...) o único
terreno onde nós todos nos poderíamos aproximar dar-no-las (...)
06. Observando a sintaxe de
determinados fragmentos, assinale a opção que apresenta a associação incorreta
entre a(s) expressão(ões) ou o(s) termo(s) sublinhado(s) e a respectiva função
sintática.
a) A paz! Não a vejo. Não há,
como não pode existir, senão uma, é a que assenta na lei. [ predicativo ]
b) ...a paz que nenhuma
criatura humana pode tolerar sem abaixar a cabeça envergonhada. [ objeto direto
].
c) ... a paz que nenhuma
criatura humana pode tolerar sem abaixar a cabeça envergonhada. [ predicativo
do objeto direto ]
a)
Porventura temos sido nós iguais perante a
lei, neste regime, nestes quatro anos de Governo, especialmente? [ adjuntos
adverbiais ]
b)
... o único terreno em que nós todos nos
poderíamos aproximar e dar-nos as mãos. [ objeto indireto]
07. Marque o texto que contém erro de estrutura
sintática.
a)
A partir deste ano, as empresas serão
obrigadas a fazer a declaração de ajuste do Imposto de Renda por via magnética
( disquete ou internet ).
b)
O trabalho da Receita será simplificado, mas o
Fisco ainda não tem idéia do impacto em que a medida pode causar nas 900 mil
empresas que, no ano passado, declararam imposto por meio de formulário
impresso.
c)
As declarações de pessoa jurídica em 1997,
referentes ao ano base 1996, totalizaram três milhões.
d)
Só estão livres da obrigação as microempresas
que optaram pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições
Simples.
e)
Deste total, dois milhões foram entregues à
Receita em disquete e outras 100 mil, via Internet; o restante optou pelo
tradicional formulário de papel.
08. Marque o texto que contém
erro de estrutura sintática.
a) Os profissionais liberais
têm-se mostrado conscientes e dispostos a participar do movimento pela reforma
da sociedade.
b) O Secretário solicita a
essas pessoas que recorram a profissionais credenciados para obter
esclarecimentos.
c)
Cidadãos e governo colocaram-se frente a
frente e finalmente entraram em acordo sobre a reforma tributária.
d) Para diminuir a sonegação
fiscal, o governo concede anistia a quem apresentar a retificação de sua
declaração de renda.
e) Devido a necessidade de
tornar a tarefa política mais ética e saudável, tem havido significativa
mobilização.
Leia o texto que segue para
responder a questão 09.
Ocorre que o contribuinte, ao
ingressar no Refis, pode ter, pendente de decisão judicial, pretensão à
restituição de tributo que tenha pago indevidamente. Nesse caso, a questão que
se coloca é a de saber se a Fazenda Pública, afinal vencida na ação de
repetição do indébito, poderá exercer o direito à compensação, deduzindo
simplesmente o valor, a cuja restituição foi condenada, do valor do débito
consolidado no Refis.
09. Marque a alternativa que
não é verdadeira.
a) Em “... a questão que se
coloca é a de saber se a Fazenda Pública...” (linhas 2 e 3 ) pode-se suprimir
“a de” sem prejuízo da correção do enunciado.
b) Em “tenha pago” ( linha 2
) pode-se usar também o particípio passado regular.
c) “pendente de decisão
judicial” ( linha 01 ) refere-se à “pretensão à restituição do tributo” ( linha
linha 02 )
d) “indébito”( linha 04 ) é o
mesmo que dívida.
e) Em “a cuja restituição foi
condenada”( linhas 04 e 05 ) a preposição é indispensável porque está
introduzido o objeto indireto da forma verbal passiva “foi condenada” ( linha
05).
10.Transpondo para a voz
passiva a frase “Eles não me dão prazer algum”, resultará a forma verbal
a)
tem dado
b)
é dado
c)
tem sido dado
d)
teriam dado
e)
foi dado
GABARITO
01. E
02. D
03. E
04. E
05. B
06. C
07. B
08. E
09. D
10. B
SINTAXE DE PERÍODO
E O ESTUDO DAS CONJUNÇÕES
O período pode ser
simples ou composto. Simples, quando houver apenas uma oração. Neste caso, temos oração absoluta. Composto, quando existir mais de uma oração.
Quando período
composto, temos por subordinação e por coordenação. A subordinação é
caracterizada por existir dependência sintática entre as orações; a coordenação
não apresenta dependência sintática.
I -
ORAÇÕES SUBORDINADAS são classificadas
em:
-
Substantivas objetiva direta
objetiva indireta
completiva nominal
apositiva
subjetiva
predicativa
-
Adjetivas adjunto
adnominal
Restritiva = não é pontuada
Explicativa = é pontuada
- Adverbiais adjunto adverbial [ causal,
temporal, final, proporcional, concessiva, comparativa, condicional,
consecutiva e conformativa.
As orações subordinadas
substantivas são as orações que exercem as funções sintáticas de objeto direto,
objeto indireto, complemento nominal, aposto, sujeito e predicativo. Em “Desejo que você participe” é um período composto por subordinação. A
primeira oração é a que não está sublinhada; a segunda oração está grifada.
Observe que a segunda oração completa a primeira oração, exercendo a função
sintática de objeto direto. Quando uma oração exercer a função sintática de
objeto direto, devemos classificá-la de oração subordinada substantiva objetiva
direta. Eis a classificação da segunda oração.
O conectivo em negrito é a conjunção subordinada integrante. Só existe
conjunção subordinada integrante nas orações subordinadas substantivas.
As orações subordinadas
adjetivas exercem a função de adjunto adnominal. A maneira mais fácil de
reconhecer uma oração subordinada adjetiva é identificar o pronome relativo no
período composto. Toda oração subordinada adjetiva apresenta pronome relativo.
É no pronome relativo que se inicia a oração subordinada adjetiva. Quanto à sua
classificação, temos as subordinadas adjetivas restritivas e explicativas.
Aquelas, quanto à pontuação, não recebem pontuação; estas recebem vírgula ou
travessão.
Em “Luciano
que é o coordenador do projeto está viajando”, há pronome relativo na oração
grifada, iconizando ser subordinada adjetiva. O não emprego da pontuação
comunica sua idéia de restrição. Se empregarmos as duas vírgulas ou travessões,
ela passa a ser explicativa. As vírgulas, portanto, são facultativas, já que
usando ou deixando de empregar não há impropriedade gramatical quanto à
pontuação? Não. É comum em provas públicas afirmarem ser facultativo o uso das
vírgulas para que você julgue se verdadeira ou falsa a afirmação. Claro que a
resposta é falsa. Não se trata de um caso facultativo, pois há mudança de
sentido. Com vírgula, a adjetiva expressa a idéia de explicação; sem a vírgula
ou travessão, a idéia ou o sentido da oração adjetiva é de restrição. Em “João
Paulo II, que é o Papa, está doente”, temos a oração grifada como subordinada
adjetiva explicativa. Se retirarmos as vírgulas haverá mudança de sentido? Não!
Cuidado com as orações explicativas que não podem ser restritivas. Impossível o
valor de restrição no contexto, uma vez que apenas uma pessoa assume o papado.
Não há liberdade contextual para se pensar em restrição. As orações com valores
absolutos só podem ser explicativas. Toda explicativa em sua naturalidade não
pode ser explicativa, mas toda explicativa pode ser restritiva, basta retirar a
pontuação. São mais alguns exemplos de orações subordinadas adjetivas que só
podem ser explicativas: A Constituição Federal do Brasil, que é a Carta Magna,
está sempre revisada por um grupo de professores. / He, Ne, Ar, Kr, Xe e Rn – que são gases
nobres – estão sempre estudados pelo professor Reinaldo Xavier. / Joaquim José
da Silva Xavier, que é o mártir da Inconfidência Mineira, é sempre lembrado por
nós.
As orações subordinadas
adverbiais exercem a função de adjunto adverbial. Como os adjuntos adverbiais
são classificados pela idéia que cada um comunica, temos oração subordinada
adverbial temporal, causal, condicional, concessiva, conformativa, final,
proporcional, consecutiva, comparativa e comparativa. Em “Saí para comprar
chocolate”, a oração grifada expressa finalidade, sendo classificada como
subordinada adverbial final. Quando ao conectivo em negrito , trata-se de uma
conjunção subordinada adverbial final. Vejamos outro exemplo: Quando me
chamaram, entrei com a confiança que eu tinha. A oração sublinhada é
subordinada adverbial temporal, sendo “Quando” a conjunção subordinada
adverbial temporal; o termo em negrito é
pronome relativo, dando início à oração subordinada adjetiva restritiva; a
oração principal das duas orações é “entrei com a confiança”. Eis as principais conjunções subordinadas
adverbiais:
a)
proporcionais:
à proporção que, à medida que, na medida em que...
b)
finais: a fim de que, para que, para, que...
c)
temporais: quando, enquanto, logo que, desde
que, assim que...
d)
concessivas: embora, se bem que, ainda que,
mesmo que, conquanto...
e)
conformativas: como, conforme, segundo...
f)
comparativas: como, que, do que...
g)
consecutivas: que ( precedida de tão, tal,
tanto ), de modo que, de maneira que...
h)
condicionais: se, caso, contanto que...
i)
causais: porque, visto que, já que, uma vez
que, como...
II – ORAÇÕES COORDENADAS
são orações independentes quanto à estrutura sintática, ou seja, as orações não
desempenham funções sintáticas ao se relacionarem com as demais orações do
período. Classificam-se em assindéticas
e sindéticas. As assindéticas não apresentam conjunção; as sindéticas
apresentam conjunção. As principais conjunções coordenadas são:
a)
aditivas: e, nem, mas também, mas ainda
b)
adversativas: mas, porém, contudo, todavia,
entretanto, no entanto
c)
alternativas: ou, ora... ora, ou... ou, já...
já, quer... quer
d)
explicativas: pois ( quando anteposta ao verbo
), porque, que
e)
conclusivas: pois ( quando posposta ao verbo
), logo, portanto, então
Exs.: 1.
Ele trabalhou durante todo o mês, e não recebeu seu salário.
[ Or. coord. Sindét. Adversativa ]
2.
Luciana trabalha e estuda. [ or. coord. Sindét. Aditiva ]
3.
Ou Renata estuda, ou Renata trabalha. [ orações coord. Sindét. Alternativas ]
4.
Fez sozinho toda a planta do prédio. Sabe,
pois, senhores, todos os riscos.
[ or. Coord. Sindét. Conclusiva ].
5. Ela não irá à festa, pois seu pai não
permite. [ or. Coord. Sindét.
Explicativa ]
* As orações não
sublinhadas acima são coordenadas assindéticas, pois não apresentam conjunções.
Segue, abaixo, mais alguns períodos compostos por coordenação, por subordinação e por coordenação e
subordinação ( período misto ).
a) Confirmo que Sebastiana conhece o
rapaz . * Observe que o verbo da oração principal
Or. princ. Or. Subord. Subst. Objtiva. direta. é transitivo direto, solicitando
objeto direto.
b) Quando a
encontrei sozinha, beijei-lhe as faces, deixando-a trêmula.
Or. subord. Adverbial temp. or. Princ. Or. Subord. Adverbial
consecutiva
c) A
necessidade de que ela aprove o projeto é imensa.
Or.
subord. Substantiva completiva nominal
d) Apresentaram-me a verdade à qual Mércia
aludiu: que Simone está grávida.
Or.
subord. Adjetiva Or. subord.
Subst. apositiva
e) Fiz o que me solicitaram: arrumar o quarto cuja poeira
estava se alastrando pelo
corredor.
Oração principal
: “Fiz o” . O termo grifado ao lado é pronome
demonstrativo. No período acima, podemos substituir “o” por “aquilo”. É comum em concurso público afirmarem que o “o”
é artigo. Assim, não se trata de artigo.
Oração subordinada adjetiva restritiva
: “que me solicitaram.
Oração subordinada
substantiva apositiva reduzida de infinitivo:
“arrumar o quarto”
Oração subordinada adjetiva
restritiva: “cuja poeira estava se
alastrando pelo corredor”.
d) Gostaria
de que ela mostrasse os problemas, de que propusesse mudanças e de que ela
X
Y
Z
apresentasse convicção no que disser.
·
São orações subordinadas substantivas
objetivas indiretas: X, Y e Z
e) Quero
que Aurélio seja feliz. [ oração
subordinada substantiva objetiva direta ]
f)
Se ela sobreviveu, ignoro. [ Oração subordinada substantiva objetiva
direta ]
* A
conjunção em negrito não é condicional; temos uma conjunção subordinada
integrante, pois a oração subordinada é substantiva. Nas orações subordinadas
substantivas, os conectivos são conjunções subordinadas integrantes, apenas.
g)
Ela confia no que lhe digo. ( o termo grifado é a contração da preposição
“em” + o pronome demonstrativo “o”, exercendo a função sintático de objeto
indireto. Já o termo oracional grifado é a oração subordinada adjetiva
restritiva, sendo “que” seu pronome relativo que exerce a função sintática de
objeto direto do verbo “digo”)
h) Revelaram aos interessados que aguardavam por
respostas: que ele não sobreviveu.
Oração principal: “Revelaram
aos interessados”
Oração subordinada adjetiva
restritiva: “que aguardavam por
respostas
Oração subordinada
substantiva objetiva direta: “que ele não sobreviveu”
i)
Mesmo não tendo estudado, foi aprovado no
concurso. [ or. subord. Adverbial
concessiva ]
j)
Fui à feira para comprar frutas. [ oração subordinada adverbial final ]
k) Conforme
ficou claro, as ações de Pedro não foram agressivas. [ oração subordinada
adverbial conformativa ]
TESTE:
1. -
Considere o seguinte período do texto para analisar os esquemas
propostos abaixo: Descumprir a lei gera o risco da punição prevista pelo Código
Penal ou de sofrer sanções civis.
A = Descumprir a
lei B = gera o risco
C = da punição prevista pelo Código Penal
D = de sofrer sanções civis
Considerando que as setas representam relações sintáticas entre as expressões lingüísticas, assinale a opção que corresponde à estrutura do período.
a)
|
|
b)
|
|
c)
|
|
d)
|
|
e)
|
2.“Como ontem estivesse
chovendo, tive a infeliz idéia, ao sair à rua, de calçar velho par de
galochas.”
a) adverbial
causal – adverbial temporal – substantiva completiva nominal.
b) Adverbial
comparativa – adverbial temporal – subst. objetiva direta.
c) Adverbial
causal – adverbial condicional – subst. objetiva indireta.
d) Adverbial
consecutiva – adverbial temporal – substantiva completiva nominal.
e) Adverbial
comparativa – adverbial condicional – subst. completiva nominal.
5. Leia
atentamente o fragmento abaixo:
“( ...) A liberdade
identificou-se com a idéia de consumo. Os meios de produção, que surgiram no
avanço técnico, visam ampliar o nível dos meios de produção.” [ Polícia Federal 2000 ]
Proposição: Se fosse
suprimida a vírgula que antecede a oração grifada, seria mantida correta a
pontuação e não haveria alteração da estrutura sintática do período. V - F
Leia o seguinte texto para
responder a questão 04.
A entrada dos anos 2000 tem trazido a reversão
das expectativas de que haveria a inauguração de tempos de fraternidade,
harmonia e entendimento da humanidade. Os resultados das cúpulas mundiais
alimentaram esperanças que novos tempos trariam novas perspectivas referentes à
qualidade de vida e relacionamento humano em todos os níveis. Contudo, o
movimento que se observa em nível mundial sinaliza perdas que ainda não podemos
avaliar. O recrudescimento do conservadorismo e de práticas autoritárias,
efetivadas à sombra do medo, tem representado fonte de frustração dos ideais
historicamente buscados.
( Roseli Fischmann, Correio
Braziliense, 26.08.2002, com adaptações )
04. Se cada período sintático do texto for
representado, respectivamente, pelas letras X, Y, W e Z, as relações semânticas
que se estabelecem no trecho correspondem às idéias expressas pelos seguintes
conectivos:
a) X
e Y mas W e Z
b) X
porque Y porém W logo Z
c) X
mas Y e W porque Z
d) Não
só X mas também Y porque W e Z
e) Tanto
X como Y e W embora Z
Leia o gráfico que segue para responder a questão 05.
Falta dinheiro
maior produtividade
Para pesquisas das
empresas
Obstáculos Inovações conseqüências
Tecnológicas
Falta apoio da
crescimento
Iniciativa privada
econômico
05.
Assinale a opção que, em apenas um período sintático, dá redação textualmente
coerente e gramaticalmente correta ao desenvolvimento e à relação de idéias
sintetizadas no esquema acima, adaptado de Istoé, 19/9/2001, p. 94.
a)
A falta de dinheiro para pesquisas, decorrente
da falta de apoio por parte da iniciativa privada, tem como obstáculo que as
inovações tecnológicas decorrentes da maior produtividade das empresas se
acresce ao crescimento econômico.
b)
Investir em inovações tecnológicas traz maior
produtividade às empresas e acarreta crescimento econômico; no entanto, falta
dinheiro para pesquisas e o apoio da iniciativa privada ainda não é suficiente.
c)
Sem dinheiro para pesquisas, no tanto, a falta
de apoio à iniciativa privada tem por obstáculos que as inovações tecnológicas
são conseqüência do aumento da produtividade das empresas e do crescimento
econômico.
d)
Apesar da falta de dinheiro e da carência de
apoio da iniciativa privada, os obstáculos são superáveis. Inovações
tecnológicas têm como conseqüência crescimento econômico e – é claro – aumento
da produtividade das empresas.
e)
Inovações tecnológicas provocam crescimento
econômico como conseqüência do aumento da produtividade das empresas. Os
obstáculos, no entanto, vêm da iniciativa privada, que não têm verba.
GABARITO DO TESTE: 1) A
2) A 3) Falso 4) A
5) B
CONCORDÂNCIA VERBAL
A concordância
verbal é marcada pela relação, em geral, entre o verbo e o sujeito. É o verbo
que se desloca, mantendo relação com o sujeito. Temos três tipos de
concordância verbal: a concordância lógica ( contato físico, corpóreo,
material, empírico, morfológico com todos os núcleos do sujeito), a
concordância atrativa ( concordância com o termo mais próximo) e a concordância
lógica ( concordância com a idéia que o termo expressa). Das três concordância, a concordância lógica
é a concordância precedente. Mas o verbo também mantém contato com termos que
não exercem a função de sujeito. Iniciemos os estudos de concordância.
01.
REGRA GERAL:
Verbo concorda com o sujeito
1.1
Sujeito
composto anteposto ao verbo =
Verbo no plural, relacionando-se com todos os núcleos. * Se os núcleos forem
sinônimos, podemos usar a concordância com o núcleo mais próximo ( concordância
atrativa ).
1.2
Sujeito
composto posposto ao verbo = verbo concorda com todos os núcleos ou concorda
com o mais próximo. Neste último caso, não precisam ser sinônimos os núcleos.
Obs.: Se os núcleos forem antônimos, o verbo será
usado sempre no plural.
Ex.;
a)
Honestidade e sabedoria fortalecem todos nós.
b)
Escárnio e sarcasmo estão/está em seu
semblante.
c)
Amor e
ódio estão em suas ações.
d)
Existe(m) bondade e sabedoria em seus
gestos.
e)
Existem alegria e tristeza em seus gestos.
02.
Sujeito + adjunto adverbial de companhia =
verbo concorda apenas com o sujeito ou verbo concorda com os dois termos
sintáticos. Se o adjunto adverbial estiver virgulado, verbo concorda apenas com
o sujeito.
Exs.:
a)
Sandra com seu pai foi/foram à praia.
b)
Sandra, com seu pai, foi à praia.
c)
Os rapazes, com o pai de Laura, viajaram.
03.
Sujeito formado por coletivo +
determinante = verbo concorda com o
coletivo, indo para o singular ou verbo concorda com o determinante. Porém, se
o primeiro elemento não for coletivo, verbo não concorda com o determinante.
Exs.:
a)
A maioria dos presentes não gostou/ gostaram
do evento.
b)
Boa parte dos brasileiros ignora(m) os fatos.
c)
Uma chuva de torcedores acredita na seleção
d)
* O
povo foi às ruas. Pediu/Pediram mudanças.
e)
Têm-se/Tem-se resolvido uma porção de
questões.
04.
Sujeito formado por número decimal ou
fracionário seguidos de determinante = Verbo concorda com o número inteiro ou
com o numerador. A concordância com o determinante também é correta.
Exs.:
a)
1,2% do público pagou os impostos.
b)
2,1% do público pagou/pagaram os impostos.
c)
1/3 dos brasileiros compareceu(compareceram)
às urnas.
d)
1,2 milhão foi entregue aos cofres públicos.
e)
1/3 do brasileiro exige mudanças.
05.
Os verbos EXISTIR / CONSTAR / RESTAR/ BASTAR/
FALTAR/ OCORRER/ SURGIR pedem sujeito, concordando com o sujeito.
Exs.
a)
Ocorreu / Ocorreram, depois que os fiscais
entregaram as provas, surpresa e satisfação por parte dos candidatos.
b)
Faltam
dois meses, apenas.
c)
Falta, amigos, as provas entregar.
06.
Verbos que expressam fenômenos naturais, verbo
haver no sentido de existir e verbo fazer indicando tempo = São empregados na
3a pessoa do singular.
Exs.:
a)
Faz dois meses, apenas.
b)
Choveu muito, ontem.
c)
* Choveram discórdias durante a sessão.
d)
Haveria dificuldades, se...
07.
V.T.I + SE / V.I + SE / V. de Lig. + SE = O “SE” é índice de indeterminação do
sujeito, sendo usado na 3a pessoa do singular, apenas.
V.T.D + SE
/ V.T.D.I + SE = O “SE” é partícula apassivadora. A concordância
verbal será com o sujeito.
Exs.:
a)
Têm-se anunciado conclusões inéditas.
b)
Aspira-se a títulos acadêmicos.
c)
Reconheceu-se/ Reconheceram-se, de fato, o
erro e a ignorância do réu.
d)
É-se calmo.
e)
Dorme-se pouco, naquela casa.
f)
Os erros, aos quais há de se chamar de
incipientes atitudes, foram compreendidos por todos da sala.
08.
QUE X QUEM
= Quando pronomes relativos.
Exs.:
a)
Foram eles quem determinou/determinaram as
regras do jogo.
b)
Foram eles que determinaram as regras do jogo.
* No primeiro exemplo acima, sendo “quem”
pronome relativo, temos a oração grifada subordinada adjetiva em relação à
oração principal “Foram eles”. Ora, qual a função do pronome relativo
“quem”? Substituir o pronome pessoal do
caso reto “eles”, que exerce a função de sujeito do verbo “Foram” ( verbo SER
). Mas quem é o sujeito da oração subordinada adjetiva? O pronome relativo
“quem”. Portanto, ou você, caro leitor, utiliza a concordância lógica, fazendo
com que o verbo da oração subordinada adjetiva concorde com o próprio pronome
relativo, ficando na 3a pessoa do singular, ou você emprega a concordância
ideológica, ou seja, apresenta a concordância do verbo DETERMINAR com a idéia
que o pronome relativo traz, utilizando o verbo na 3a pessoa do plural. Ambas
estruturas ou flexões verbais corretas, enfim. Já com o emprego do pronome
relativo “que”, só podemos usar a
concordância ideológica.
09.
Sujeito constituído por elementos gradativos =
verbo no singular ou no plural. Todavia, se houver quebra da gradação, verbo no
plural.
Exs.:
a)
Um mês, um ano, uma década marca/marcam nossa
história.
b)
Um dia, uma semana, um ano, um mês documentam
nossos interesses.
10.
Sujeito formado por pronomes pessoais
distintos: a concordância será respeitando a precedência dos pronomes pessoais.
Temos apenas três pronomes pessoais do caso reto: EU/ TU/ ELE. O plural do
pronome “eu” é “nós”, o plural do pronome “tu” é “vós” e o plural do pronome “ele” é “eles”. No exemplo “Tu, eu e ela iremos ao clube”, o
sujeito está constituído por três pronomes pessoais. Sendo “eu” o pronome de
primeira pessoa do singular, terá precedência, proporcionando a flexão do verbo
na 1a pessoa do plural . Todavia, no
último exemplo abaixo, a flexão do verbo na 2a pessoa do plural também é
correta, gramaticalmente, embora seja norma popular ou coloquial culta.
Geralmente em concursos públicos, o enunciado da questão exige apenas o uso da
norma culta.
Exs.;
a)
Tu, eu e ela iremos ao clube.
b)
Irá/Iremos ela e eu ao clube.
c)
Ele e tu ireis/irão ao clube.
11.
“Mais de um(a)” integrando o sujeito = faça a concordância
com o núcleo do sujeito.
a)
Mais de uma menina morreu.
b)
Mais de um menino, mais de uma garota
morreram.
c)
Fugiu/Fugiram mais de um preso, mais de um
suspeito.
d)
Mais de um grupo de crianças correu/correram.
e)
Mais de um jogador abraçaram-se / abraçou-se
com a taça.
12.
“Um dos que/Uma das que” = verbo no singular ou no plural.
a)
Ela foi uma das que gritou/gritaram.
b)
Virgínia é uma das que acredita/acreditam no
projeto.
13.
Verbo “SER”
:
13.1
Ao indicar tempo/hora, a flexão do verbo SER
será com o núcleo do adjunto adverbial de tempo. Mas se usarem os termos “cerca
de”, “perto de”, “próximo de”, a flexão no singular – relacionando o verbo com
essas expressões – também é prudente gramaticalmente.
13.2
Ao empregar o verbo SER indicando data, a
concordância será com o núcleo do adjunto adverbial de tempo que comunica a
data da semana, ou seja, com a palavra “dia” que geralmente fica implícita. Ou
você a considera implícita antes do n umeral, ou você a considera implícita
após o numeral. Todavia, para o primeiro dia do mês não use numeral cardinal;
use apenas ordinal.
13.3
Quando o verbo SER estiver relacionado a
substantivo e a pronome pessoal do caso reto, a precedência será com o pronome relativo, impedindo a
concordância com o substantivo.
a)
É uma hora.
b)
São seis horas.
c)
Devem ser três horas.
d)
É /São cerca de quatro horas.
perto de
próximo de
e)
Hoje é 29 de julho de 2002. / Hoje são 29 de
julho de 2002.
f)
Alegria somos nós.
g)
Eu não sou ele.
h)
Ele não sou eu.
i)
Ele é ele.
j)
Os brasileiros somos nós.
k)
Tudo é / são flores. [ ambas flexões verbais corretas ]
14.
Sujeito constituído por termos pluralícios
: Os termos grifados nos exemplos abaixo
são pluralícios, ou seja, usados apenas no plural. É comum encontrar registros
dizendo que o verbo concorda com o artigo. Tal argumento está incorreto. Artigo
se relaciona com substantivo, estabelecendo concordância nominal. No primeiro
exemplo abaixo, o sujeito do verbo “participaram” é “Os Estados Unidos”, sendo
“Estados Unidos” o núcleo. Ora, nada mais coerente que o verbo ir para o
plural, concordando com o núcleo do sujeito. Já no segundo exemplo, há um termo
implícito: “país”. Portanto, o verbo “participou”está concordando com o núcleo
do sujeito que é a palavra implícita “país”. Quanto ao artigo explícito,
trata-se do adjunto adnominal do sujeito, cujo núcleo já verificamos que está
implícito. E quanto ao termo pluralício “Estados Unidos”? Este é o aposto. Temos em uso do aposto
especificativo ( substantivo comum seguido de substantivo próprio ). É o único
aposto que não recebe pontuação. Na
terceira exemplificação abaixo, o sujeito está completamente implícito, ficando
apenas explícito o aposto especificativo “Estados Unidos” . E quando o sujeito
for constituído por um termo pluralício que constitui o nome de uma obra
artístico-literária? No quanto exemplo, empregue o verbo na terceira pessoa do
plural, tendo “Os Sertões” como sendo sujeito, ou use o verbo PARTICIPAR na
terceira pessoa do singular, tendo o termo “Os Sertões” como sendo aposto.
Neste último caso, o sujeito está completamente implícito ( a obra, o texto, o
livro ).
a)
Os Estados Unidos participaram.
b)
O Estados Unidos participou.
c)
Estados Unidos participou.
d)
Os Sertões refletem/reflete valores do
nordeste.
e)
Os Alpes proporcionam riquezas.
f)
Minas Gerais é rica.
15.
“Cada um(uma)”
= Verbo no singular, quando não
repetido; verbo no plural, quando repetido. É que o termo “Cada um(a)” expressa
a individualização de ações. Quando o termo estiver repetido, leva-se em
consideração a soma de individualizações de ações.
a)
Cada um dos curiosos permaneceu na rua.
b)
Cada um dos diretores, cada um dos professores
pediram ajuda aos discentes.
16.
Sujeito formado por pronome indefinido +
determinante = Se o pronome indefinido estiver no singular, verbo no singular,
concordando com o pronome indefinido.
Porém, se o pronome indefinido estiver no plural, o verbo concorda com o
pronome indefinido, ou o verbo concorda com o determinante.
a)
Alguns de nós escolherão/escolheremos os
anúncios que...
b)
Algum de nós escolherá os anúncios que...
17.
HAJA VISTA
a)
Haja vista os crimes cometidos, é
necessário... [ V ]
b)
Hajam vista os crimes cometidos, é
necessário... [ V ]
c)
Haja vista aos crimes cometidos, é
necessário... [ V ]
d)
Hajam vista aos crimes cometidos, é
necessário... [ F ]
e)
Haja visto os crimes cometidos, é
necessário... [ F ]
·
Após “haja vista” a preposição “a” é optativa.
·
Usando a preposição, “haja vista” não
varia.
·
Não empregando a preposição, ou se
flexiona o primeiro elemento, ou permanece invariável todo o termo em estudo (
haja vista )
·
“vista” nunca varia.
APLICAÇÀO
Leia o texto a seguir para
responder à questão 1.
Texto 1
Por último, afirmam-se que os episódios
envolvendo os policiais militares de Minas, que desencadearam um “efeito
dominó” em vários Estados, e as exibições de delitos graves, que chocaram a
opinião pública nacional e internacional, como os casos da favela Naval e de
Cidade de Deus, motivaram o governo federal e o Congresso a estabelecer um
amplo debate sobre modificações das polícias no Brasil, que até agora se
mostrou infrutífero.
A proposta de emenda constitucional
elaborada pelo governador Mário Covas, que unificava as funções de polícia, nem
sequer foi discutida naquele momento, e algumas questões pontuais também
deixaram de constar da agenda política federal.
A resistência a mudanças estruturais
nas polícias e a falta de uma política nacional de segurança pública também
alimenta a violência. A questão é: quem quer um novo modelo de polícia?
- Benedito Domingos Mariano, sociólogo
1. Julgue os itens a seguir.
( ) O verbo “motivaram” [ linha 4 ] concorda
com o sujeito composto.
( ) Em vez de “... motivaram o governo federal
e o Congresso a estabelecer...” [ linha 4 ], também estaria correto: “...
motivaram o governo federal e o Congresso a estabelecerem...”
( ) Em “... quem quer um novo modelo de
polícia?” [ linhas 10,11], o verbo concorda com a terceira pessoa do singular
em virtude de o sujeito estar indeterminado.
( ) Em “... e algumas questões pontuais também
deixaram de constar da agenda política federal” [ linhas 7,8], o verbo também
poderia concordar com o termo “agenda política federal”[ linha 8 ]
( ) No trecho “A resistência a mudanças
estruturais nas polícias e a falta de uma política nacional de segurança
publica também alimenta a violência”[ linhas 9,10], a concordância verbal está
correta.
( ) Em “,,, afirmam-se que os episódios
envolvendo os policiais militares de Minas(...) motivaram...” [ linhas 1 a 4 ],
a concordância do verbo destacado está
incorreta.
CONCORDÂNCIA NOMINAL :
Consiste no estudo de relações entre adjetivo e substantivo, pronome e
substantivo, artigo e substantivo, numeral e substantivo. É ,enfim, a relação
entre nomes.
Condição Geral:
01. O nome impõe seu gênero e
seu número a seus determinantes e aos pronomes que o substituem.
a)
Meu irmão, minhas irmãs, dois reis, duas
rainhas, este tronco, estas árvores.
b)
Comprei alguns livros e já os li.
02. Um determinante se referindo a mais de um substantivo
2.1
Quando o determinante vem depois dos
substantivos: A concordância do adjetivo é com o substantivo mais próximo,
sendo adjunto adnominal; a concordância será com o substantivo mais próximo ou
com todos os substantivos, sendo o adjetivo predicativo.
a)
Ele se perdeu em bosques e vales escuros.
b)
Ele se perdeu em florestas e cavernas escuras
c)
Ele se perdeu em florestas e vales escuros
d)
Ele se perdeu em vales e florestas escuras
e)
Comprei um livro e uma revista importados
f)
Comprei um livro e uma revista importada
2.2
Quando o determinante vem antes dos nomes: a
concordância será com o substantivo mais próximo. Todavia, se os substantivos
forem nomes de pessoa, o adjetivo concorda com todos os núcleos, apenas.
a)
Sua mulher e filhos tinham viajado.
b)
Você escolheu má hora e lugar para o nosso encontro
c)
Você escolheu mau lugar e hora para o nosso
encontro.
d)
Os destemidos César e Napoleão...
02. Um
determinante [ predicativo do sujeito ] :
observe a concordância verbal e acompanhe com a concordância nominal.
a)
O clima e a água eram ótimos.
b)
Eram ótimos o clima e a água.
c)
Era ótimo o clima e a água.
d)
Era ótima a água e o clima.
03. Um
determinante [ predicativo do objeto ]: a concordância será com o substantivo
mais próximo ou com todos os substantivos. Porém, se o contexto não permite a
concordância com todos os núcleos, claro que a concordância será apenas com o
mais próximo ( exemplo “c” ).
a)
Considero o chapéu e o colete supérfluo(s)
b)
Considero a gravata e a blusa supérflua(s)
c)
Comi uva e carne frita
d)
Considero supérflua(os) a gravata e o terno.
05. Um substantivo para mais
de um adjetivo: se o substantivo estiver no plural, não use artigo ou qualquer
adjunto adnominal antes do segundo adjetivo; se o substantivo estiver no
singular, é necessário o emprego de artigo ou de qualquer adjunto adnominal
antes do segundo adjetivo, pois será o ícone a deixar implícito o substantivo
antes empregado no singular.
a)
Ele conhece bem as línguas grega e latina
b)
Ele conhece bem a língua grega e a latina
06. Embora o predicativo deva concordar com o
sujeito, há casos em que isso não ocorre, assumindo o gênero masculino.
Aparentemente, porque, na realidade, trata-se de uma reminiscência do gênero
neutro em latim. Isso ocorre quando a palavra feminina aparece sem nenhuma
determinação, tomando um sentido vago, abstrato. Assim:
a)
Pinga não é bom para a saúde.
b)
É proibido entrada.
c)
Cerveja é permitido.
d)
É necessário coragem.
Tão logo esses substantivos recebam
uma determinação, a concordância passa a ser com o gênero do substantivo.
a)
A cerveja é boa
b)
Esta pinga não é boa para a saúde.
c)
É ardida a pimenta.
07. O particípio concorda com seu substantivo
a)
Estabelecidas essas premissas, vamos à
conclusão.
b)
Postos estes fundamentos, pode-se afirmar
que...
Todavia, se o particípio integrar uma locução vergal, apenas se flexiona o
particípio na voz passiva analítica.
a)
Ele tem participado
b)
Eles têm participado
c)
Têm-se entregue os materiais
d)
Estão sendo elaborados os dados
08. ANEXO / INCLUSO / APENSO / JUNTO
Concordam com quem se relacionam.
Porém, ANEXO precedido da preposição EM não varia.
a)
As estatísticas vão anexas ao relatório.
b)
Os gráficos inclusos esclarecem a tese.
c)
O formulário e a carta estão apensos.
d)
À ficha está anexo o ofício.
e)
As fichas seguem em anexo
09. MEIO
Pode ser substantivo, adjetivo,
numeral e advérbio. Só não se flexiona quando advérbio.
a)
O que ela disse é apenas meia verdade.
b)
Ela ficou meio tonta.
c)
Ao meio-dia e meia, saímos.
d)
Ao meio-dia e meio defronte à farmácia,
ficamos.
e)
Meias palavras bastam
f)
Bebi meia chávena de café.
10. MENOS / PSEUDO / A OLHOS
VISTOS são sempre invariáveis
a)
Há menos pessoas aqui.
b)
Ela é uma pseudo-advogada
c)
A crianças continuam a olhos vistos
11. TAL ... QUAL: “tal” concorda com o substantivo
posposto imediatamente a ele; “qual” concorda com o substantivo posposto
imediatamente a ele.
a)
Tal pai, qual filho
b)
Tal pai, quais filhos
12. OBRIGADO / GRATO / AGRADECIDO concordam com o emissor.
a)
“Obrigada!” – disse Eliane aos coordenadores.
b)
- Nós
estamos gratos.
c)
“Obrigados!” – falaram os convidados.
d)
Agradecidos estão Lourdes e Marcos.
13. SÓ / SÓS / A SÓS
a)
Só estamos nós. ( invariável, pois o termo
grifado é advérbio )
b)
Sós, estamos nós. ( o termo grifado é predicativo do sujeito,
concordando com o sujeito )
c)
Elas estão sós. ( trata-se de um adjetivo, concordando com seu sujeito )
d)
Elas estão a sós.( a locução “a sós” não se flexiona )
e)
Só estudamos Contabilidade. ( trata-se de um advérbio de limitação, não
se declinando )
f)
Sós, estudamos Contabilidade. ( flexiona-se,
pois é adjetivo/predicativo do sujeito )
14. MAL / MAU :
MAL: Advérbio ( invariável ) * O
advérbio mantém relação com um verbo, com um adjetivo ou com outro advérbio )
Conjunção subordinada
adverbial temporal ( invariável )
Substantivo ( variável ) * O
mal / os males
MAU :
Adjetivo ( variável:
mau/má/maus/más )
a)
Mal chegamos, pediram satisfações. [ conjunção subordinada adverbial temporal ]
b)
Conduzimos mal
os trabalhos. [ advérbio ]
c)
Ele é mau. [ adjetivo ]
d)
Ela é má.
[ adjetivo ]
e)
Más pessoas assaltaram aquele homem
idoso. [ adjetivo ]
f)
O mal destrói o homem; o bem edifica-o [ substantivo ]
15. QUITE / ALERTA
* QUITE varia em número , apenas. *
ALERTA só varia quando for substantivo
a)
Ela está quite, mas nós não estamos quites.
b)
Ela está alerta.
c)
Elas estão alerta.
d)
Alerta e preocupadas continuam as garotas.
e)
Os americanos estão alerta aos alertas.
16. CARO / BARATO
·
Quando advérbios, invariáveis; quando
adjetivos, flexionam-se.
b)
As laranjas custaram caro. [ V / F ] * Verdadeiro
c)
As cebolas foram caras. [ V / F ] * Verdadeiro
d)
Aquelas caras mangas custaram barato, naquela
outra loja. [ V / F ] * Verdadeiro
e)
Champanhe é caro, amigo.[ V / F ] * Verdadeiro
17. O PRONOME RELATIVO
“CUJO” : Flexiona-se em gênero e número.
f)
O livro cuja as páginas me referi está sobre a
mesa. [ V / F ] * Falso. Correção: O livro a cujas páginas
me referi está sobre a mesa.
g)
A revista cujo textos li ontem sumiu. [ V / F
] * Falso. Correção: A revista cujos textos li ontem sumiu.
h)
A menina de cuja beleza aludiram com
entusiasmo viajou. [ V / F ] * Falso.
Correção: A menina a cuja beleza aludiram com entusiasmo viajou.
·
Não use artigo após o pronome relativo
“cujo”.
·
O pronome relativo “cujo” concorda
nominalmente com o substantivo que o segue.
·
Caso a oração que apresente o pronome
“cujo” peça preposição, use-a antes do pronome relativo.
EXERCÍCIO
Leia o texto a seguir para
responder à questão 01
Faz dois anos que Madalena morreu, dois
anos difíceis. E quando os amigos deixaram de vir discutir política, isto se
tornou insuportável.
Foi aí que me surgiu a idéia esquisita
de, com o auxílio de pessoas mais entendidas que eu, compor esta história. A
idéia gorou, o que já declarei. Há cerca de quatro meses, porém, enquanto
escrevia a certo sujeito de Minas, recusando um negócio confuso de porcos e
gado zebu, ouvi um grito de coruja e sobressaltei-me.
Era necessário mandar no dia seguinte
Marciano ao forro da igreja.
De repente voltou-me a idéia de
construir o livro. Assinei a carta ao homem dos porcos e, depois de vacilar um
instante, porque nem sabia começar a tarefa, redigi um capítulo.
Desde então procuro descansar fatos,
aqui sentado à mesa da sala de jantar, fumando cachimbo e bebendo café, à hora
em que os grilos cantam e a folhagem das laranjeiras se tinge de preto.
Às vezes entro pela noite, passo tempo
sem fim acordando lembranças. Outras vezes não me ajeito com esta ocupação
nova.
-
Graciliano Ramos
01.
Julgue os itens que seguem
( ) Se reconstruíssemos a frase “... isto se
tornou insuportável” [ linha 2 ] e
obtivéssemos “... a discussão e a política se tornaram insuportável” , a
concordância do termo em destaque estaria correta em virtude de este estar
concordando estilisticamente com o elemento mais próximo.
Resp.: Falso
( )
Flexionando-se no plural o período “Era necessário mandar no dia
seguinte Marciano ao forro da igreja”[ linha 7 ], obtém-se “Eram necessários
mandar nos dias seguintes Marciano aos forros das igrejas.
Resp.: Falso
02.
Faça a devida correção, observando a concordância.
FALTAS DO CANDIDATO NA PROVA DE DIREÇÃO VEICULAR,
CATEGORIAS B, C, D e E
Existe motoristas que, sem o devido cuidado, entra na via preferencial,
ocasionando acidentes.
Grande parte dos condutores de veículos também sobe na
calçada destinada ao trânsito de pedestres ou
estaciona. Haviam, na década de 70, os que morriam por excederem a
velocidade indicada para a via. 2,1% do motorista brasileiro deixam de usar o
cinto de segurança. Humberto é um dos
que fazem incorretamente a sinalização devida ou deixam de fazê-la. Mais de uma
pessoa usam a contramão de direção. Essas imprudências são chamadas de faltas
graves. Todavia, verifica-se faltas médias:
Tânia com sua irmã fazem conversão com imperfeição; algum dos meus colegas usam a buzina sem
necessidade ou em local proibido; surge amadores que trafega em velocidade
inadequada para as condições da via, a olhos visto. Fui eu e minha avó quem recebemos uma falta média,
há dois minutos, na João de Barros, por utilizar incorretamente os freios. Já
minha filha é mais prudente. Geralmente, recebe faltas leves. Quando
desengrenou o veículo em um declive – recebendo uma falta média – ficou meia
preocupada. Renatinha, minha filha, é quem melhor dirige.
Fazem três anos apenas que senta ao volante. Suas mais
comuns faltas leves ocorre por apoiar o pé no pedal da embreagem com sua
Brasília engrenada e em movimento;
engrenar as marchas de maneira incorreta; provocar movimentos irregulares, sem
motivo justificado. Raras são as vezes, mas ajusta incorretamente o
banco do veículo destinado ao condutor. Essas suas
faltas leves tem uma freqüência menor que as provocadas por Alberto, professor
de Informática. O Estados Unidos apresentam, como falta grave mais acentuada,
usar a contramão de direção.
O aproveitamento do candidato
na prova prática de direção veicular deverá ser avaliado em função da pontuação
negativa por faltas cometida no percurso.
CORREÇÃO DO TEXTO SUPRA
FALTAS DO CANDIDATO NA PROVA DE DIREÇÃO VEICULAR,
CATEGORIAS B, C, D e E
Existem motoristas que, sem o devido cuidado, entram na via
preferencial, ocasionando acidentes. Grande parte dos condutores de veículos
também sobe na calçada destinada ao trânsito de pedestres ou estaciona. Havia, na década de 70, os que
morriam por excederem a velocidade indicada para a via. 2,1% do motorista brasileiro deixam de usar o
cinto de segurança.
Humberto é um dos que fazem incorretamente a
sinalização devida ou deixam de fazê-la. Mais de uma pessoa usa a contramão de
direção. Essas imprudências são chamadas de faltas graves. Todavia,
verificam-se faltas médias: Tânia com
sua irmã fazem conversão com imperfeição;
algum dos meus colegas usa a buzina sem necessidade ou em local
proibido; surgem amadores que trafegam em velocidade inadequada para as
condições da via, a olhos vistos. Fui eu
e minha avó quem recebemos uma falta
média, há dois minutos, na João de Barros, por utilizar incorretamente os
freios. Já minha filha é mais prudente. Geralmente, recebe faltas leves. Quando
desengrenou o veículo em um declive – recebendo uma falta média – ficou meio
preocupada. Renatinha, minha filha, é quem melhor dirige. Faz três anos apenas
que senta ao volante. Suas mais comuns faltas leves ocorrem por apoiar o pé no
pedal da embreagem com sua Brasília
engrenada e em movimento; engrenar as marchas de maneira incorreta;
provocar movimentos irregulares, sem motivo justificado. Raras são as vezes,
mas ajusta incorretamente o banco do veículo destinado ao condutor. Essas suas
faltas leves têm uma freqüência menor que as provocadas por Alberto, professor
de Informática. O Estados Unidos apresenta, como falta grave mais acentuada,
usar a contramão de direção.
O aproveitamento do
candidato na prova prática de direção veicular deverá ser avaliado em função da
pontuação negativa por faltas cometidas no percurso.
SINTAXE DE REGÊNCIA
A sintaxe de regência verbal consiste
em reconhecer no contexto o sentido do verbo, para o emprego correto da
predicação verbal ou o não uso de preposição entre o verbo e seu complemento.
Desta forma, temos o emprego do complemento verbal como conseqüência de uma
análise semântica. É mister reconhecer a
polissemia dos principais verbos em concurso público. Também, há casos que
exigem a substituição do complemento verbal por pronomes. O verbo ASSISTIR, por
exemplo, no sentido de ver, presenciar, caro leitor, não aceita o uso do
pronome LHE. Em “Assisti ao jogo”, o termo grifado não aceita o pronome LHE.
Assim, “Assisti –lhe” é incorreto. O modo correto é escrever: “Assisti a ele”. Observe que a regência verbal também nos
orienta quanto ao emprego de pronomes. Eis os principais verbais e suas
respectivas regências:
01.
ASPIRAR: Cheirar, absorver o ar = v.t.d.
Desejar = v.t.i.(a) *
Não admite o pronome LHE
02.
VISAR: Apontar, mirar ou rubricar, dar visto =
v.t.d.
Desejar
= v.t.i. (a) * Não admite o pronome LHE
03.
PREFERIR: v.t.d.i. * Não é necessário usar os
dois complementos. O objeto indireto expressa o que não se prefere, constituído
com a preposição “a”.
04.
ASSISTIR: Ver, presenciar = v.t.i. (a) *Não admite o pron. LHE
Socorrer,
dar assistência = v.t.d ou v.t.i. (a) *
A transitividade indireta é a norma culta.
Residir =
v.i. (em), apresentando o adjunto adv. de lugar.
Caber,
pertencer = v.t.i. (a) * Admite o
pronome “lhe”
Exs.:
a)
Aspiramos conquistas heróicas. [F] / Aspiro a conquistas heróicas. [V]
b)
Você aspira a / à rosa, às suas mãos,
lembrando-se do rapaz. [ Ambas corretas. Todavia, há mudança de sentido, não
caracterizando caso facultativo de crase ].
c)
Você aspira àquela vaga, mas eu não aspiro a
ela. [V]
d)
O cargo que / à que ela visa, Rogério, Luciana
não aspira a ele. [Ambas incorretas. Correção:
Ao cargo a que ela visa, Rogério, Luciana não aspira a ele]
e)
A informação que / à que eles aspiram, Lúcio,
eu prefiro aludir a guardar em meu
silêncio. [ Use o acento grave antes do pronome relativo “que” e o período deve ser iniciado por acento
grave ( À informação... ), pois “à informação será objeto indireto do verbo
“aludir” ]
f)
Prefiro a viver na inércia aventuras que
liberem adrenalina. [V]
g)
Assistimos ao filme, mas Paulo não assistiu a
ele.[V]
h)
O médico assistiu o enfermo / O médico
assistiu ao enfermo. [ De acordo com a
norma culta, apenas a segunda versão está correta. Todavia, “o médico assistiu
o enfermo é norma popular ]
i)
O resultado da sentença assiste ao Juiz
Leopoldo. [V]
j)
O apartamento em que você assiste há drogas.
[F] Correção: No apartamento em que você assiste há drogas.
05. INFORMAR,
AVISAR, CERTIFICAR, CIENTIFICAR, ACONSELHAR, PREVENIR, ADVERTIR: v.t.d.i. *São
pronominalizados apenas os complementos constituídos por “pessoa”.
Exs.:
a)
Avisei o chefe do fato.
Avisei-o do fato
b)
Avisei o fato ao chefe.
Avisei-lhe o fato.
c)
Certificamo-lo do fato [ V]
Certificamos-lhe o fato [V]
d)
Advertiram-no das conseqüências [V]
Advertiram-nos as conseqüências. [V]
06. CHAMAR: Mandar vir = v.t.d.
Rogar =
v.t.i. (por)
Cognominar,
dizer algo a respeito de alguém ou de algo = Use a transitividade direta ou a
indireta. Além do complemento verbal, o verbo exige o emprego do predicativo (preposicionado
ou não preposicionado)
Exs.:
a)
Chamei o
soldado. Como ele não compareceu, chamei pelo soldado. [V]
b)
Chamaram aquela terra de paraíso. / Chamaram
aquela terra paraíso. [ V]
c)
Chamaram àquela terra de paraíso. / Chamaram
àquela terra paraíso. [V]
d)
Todos os rapazes, conforme registros pelos
feitos, que veio a se chamar heróis receberam medalhas. [F] Correção: “... que
vieram a se chamar heróis...”
e)
Todos os rapazes, conforme registros pelos
feitos, a que vieram a se chamar heróis receberam medalhas. [F] Correção: “...
a que veio a se chamar heróis...”
07. LEMBRAR
e ESQUECER = v.t.d.
* Quando pronominais, use a transitividade indireta. Também é bom
ressaltar que LEMBRAR pode ser transitivo direto e indireto.
08. QUERER: Desejar = v.t.d. Quero alguns anúncios em locais
estratégicos.[V]
Gostar,
estimar = v.t.i. (a) As crianças a quem
quero estão dormindo.[V]
09. SIMPATIZAR:
v.t.i. (com) * Não pode ser usado pronominalmente
Simpatizei com você, Dulcinéia.[V]
010.
PAGAR = v.t.d.i. Paguei a taxa ao cartório
Paguei o banco. / Paguei ao banco. [ A forma correta é “Paguei ao
banco”]
011.
CHEGAR: v.i. * Não admite o uso da preposição
“em”
Cheguei o clube / Cheguei ao clube.
[ A forma correta é “Cheguei ao clube”]
Cheguei do clube.
012.
ALUDIR: v.t.i. (a) O resultado a que aludimos não foi
lícito.. [V]
013.
CUSTAR: Acarretar = v.t.d.i.
Relacionado a preço = v.i.
Demorar, ser difícil = v.t.i. (a) e pede
sujeito oracional.
Exs.:
a)
Lembrei que ela é culpada. [V]
b)
Lembrei-me de que ela é culpada. [ V]
c)
Esqueci você, ontem. / Esqueci-me de você,
ontem.[V]
d)
Esqueci as informações, mas não me esqueci de
você.[V]
e)
Quero meus avós com intensidade.[F] * Quero a meus avós com intensidade.
f)
Paguei à universidade, mas não paguei o
colégio.[F] * ... não paguei ao colégio.
g)
Simpatizei-me com suas idéias, Leandro.[F] *
Simpatizei com suas idéias, Leandro.
h)
O fato a que aludiram nos jornais locais não é
tão grave.[V]
i)
Sua má participação custou danos às
filiais.[V]
j)
A camisa
custou vinte reais.[V]
k)
Custou-me dividir os pertences.[V]
l)
Custou-me reconhecer os criminosos.[V]
m)
Eu custei a responder a prova.[F] * Custou-me
perceber os erros na planilha
n)
Esqueci de alguns livros que Marcus aludiu,
ontem, como indispensáveis ao entendimento da metafísica. Sinceramente, prefiro
aos presentes os substanciosos
ensinamentos socráticos que possibilitam valores e conhecimentos densos,
alimentando-nos em completude.[F] *
Esqueci alguns livros ( ou “Esqueci-me de alguns liv ros...” ) a que Marcus
aludiu, ontem, como...
o)
Posso informar aos senhores de que ninguém
ousou aludir a tão delicado assunto.[F]
* Posso
informar os senhores de que ninguém ousou aludir a tão delicado assunto / Posso
informar aos senhores que ninguém ...
p)
Lembrou-lhe que precisava voltar ao
trabalho.[V]
q)
Elas custaram para entender todas as
situações.[F] * Custou-lhes entender
todas as situações.
r)
As informações que dispomos não são
suficientes para esclarecer o caso.[F] * As informações de que dispomos não são
suficientes para esclarecer o caso.
CRASE
PLANO BÁSICO
A + A = À
A + AQUELA = ÀQUELA
A + AQUELE = ÀQUELE
A + AQUILO = ÀQUILO
LEITURA DO PLANO BÁSICO:
Observe que a crase ocorre da fusão entre a preposição “A” e o artigo “A”.
Logo, o acento grave surge de termos sintáticos que apresentam preposição.
Assim sendo, quais os termos sintáticos que trazem preposição? Objeto indireto,
complemento nominal e adjunto adverbial.
Portanto, use o acento grave apenas em adjunto adverbial, complemento
nominal e objeto indireto, desde que os núcleos sejam palavras femininas e
definidas ou masculinas, quando precedidas do pronome demonstrativo
“aquele”.
1.
Os colegas foram a praia, as pressas, a
vontade, as 8 horas. [ Use acento grave em todos os termos em negrito s, pois
são adjuntos adverbiais, os núcleos são constituídos por palavras femininas e
definidas ]
2.
A amiga Luciana, durante a reunião , os
diretores fizeram alusão. [ Use acento grave no termo em negrito . Trata-se de
complemento nominal, tendo “alusão” como termo regente ]
3.
Obedeço
às normas tradicionais. [O emprego do acento grave é correto, pois
termos objeto indireto]
4.
Irei a
alguma praia. [embora seja adjunto adverbial o termo grifado, não é correto o
uso do cento grave, pois o substantivo “praia” está indefinido]
5.
Aludiram a Roma. [ V]
6.
Aludiram a Roma de César. [F]
7.
Vi os meninos a distância. [V]
8.
Vi os meninos a distância de dois metros. [F]
9.
Cheguei a casa.[V]
10. Cheguei
a casa de meus avós. [F]
11. Os
marinheiros desceram a terra, após meses de explorações marítimas.[V]
12. Após duas semanas, desceu a terra,
reconfortando-se com os seus.[F]
*
No item 12, o erro está na ausência do acento grave antes da palavra
“terra” . O termo grifado é uma oração subordinada adjetiva explicativa
reduzida de gerúndio. Sua forma desenvolvida seria: “...onde se estava reconfortando
com os seus / na qual se estava reconfortando com os seus / em que se estava
reconfortando com os seus”. Ora, se a oração é subordinada adjetiva, exerce a
função de adjunto adnominal ( sintaticamente ) e morfologicamente tem valor de
adjetivo . Eis o determinante, então.
Resta-nos, enfim, o emprego do acento grave no item 12.
Obs.:
Com as palavras “Roma”, “Terra”, “Distância” e “Casa”, exercendo os
valores sintáticos de objeto indireto, complemento nominal e adjunto adverbial,
apenas use o acento grave quando acompanhadas de um determinante.
13. A
menina a quem ofereceram rosas viajou, novamente. [nunca use acento grave antes
do pronome relativo “quem”, pois se trata de um pronome relativo indefinido ]
14. Daqui
a uma hora, amigos, partiremos. [como a hora não está definida, não use o
acento grave ]
15. Cheguei
a colinas barrocas.[ não se usa o acento grave, quando o “a” estiver no
singular e o substantivo estiver no plural, pois fica evidente que não existe
artigo. E se não há artigo, o substantivo está indefinido, sendo o “a” apenas a
preposição ]
16. Cheguei
as colinas barrocas. [F]
17. Dei
o material a Sérgio.[ não há crase, pois “Sergio” é uma palavra masculina]
18. Ela
usa sapatos à Luís XV. [Use acento grave, pois existe implícita a palavra
“moda”]
19. Viso
aquele emprego, Amélia. [Falso, pois falta o acento grave. A preposição vinda
da regência verbal irá se aglutinar com o “a” do pronome demonstrativo
“aquele”. De fato, temos acento grave diante de palavra masculina]
20. Prefiro
isto aquilo. [F]
21. Estou
a analisar processos. [nunca use acento
grave antes de palavra verbal]
Nota: Não se emprega acento grave diante de palavras de gênero
masculino, exceto quando precedidas do pronome demonstrativo “aquele”.
22. Fiz
referências a algumas propostas
oportunas. [V]
23. A
beleza a que me referi lembra quadros simbolistas. [F]
24. As
propostas a que aspiro eles não estão bem certos de que são benéficas. [V]
25. As
propostas as quais aspiro eles não estão bem certos de que são benéficas.[F]
26. A
diretora a quem entreguei os projetos continua ansiosa por mudanças.[V]
Nota: Usar-se acento grave antes do pronome relativo “QUE”, quando
ele representar palavra feminina/definida e, claro, a Or. Subord. Adjetiva
exigir em sua regência a preposição “A”.
[23]
Mesmo sendo representação de palavra feminina/definida, não haverá acento grave antes do pron. Relativo
“QUE”, caso o termo anterior ao pronome relativo esteja no plural. [24]
Use acento grave antes do pronome relativo “QUAL”, quando
substituir palavra definida/feminina, desde que haja regência oportuna na or.
Adjetiva. [25]
Não se emprega acento grave diante do pronome relativo “QUEM”, por
ser indefinido. [26]
27. As
18 horas, nós estaremos viajando. [F]
28. Elas
saíram da sala, Sônia, a uma, as 20 horas. [F]
29. Saímos
a uma da tarde.[F]
30. A
carta a cuja mensagem fui grata guardo com carinho.[antes do pronome relativo
“cuja” não use o acento grave]
31. Fui
a Bahia. [F]
32. Fui
a Salvador [V]
33. Irei
a Portugal. [ V]
* Fui à Bahia / Voltei da Bahia ( ao inverter a ação verbal, percebam que a
preposição “de” se fundiu com o artigo. Logo, em “Fui à Bahia” empregue o
acento grave. Porém, se na inversão verbal, não ocorrer a fusão da preposição
“de” com o artigo “a”, não use o acento
indicativo de crase. É que o substantivo próprio não aceita o emprego do artigo.
34. Dei
os relatórios a sua amiga. [ caso facultativo ]
35. Dei
os relatórios a suas amigas. [ o acento grave não pode ser usado ]
36. Forneci
os dados a minha colega, mas não os dei a sua. [F] * Se o pronome possessivo
não estiver seguido de substantivo, o acento grave passa a ser obrigatório,
desde que haja a preposição “a” precedendo o pronome, claro.
37. Chegaremos
até a esquina. [V]
38. Comuniquei
as mudanças a Helena.[V]
39. Aludiram
a Joana D`Arc.[V]
Nota: O acento grave é facultativo diante do pronome possessivo
feminino/no singular, após a palavra “ATÉ” e diante de nome de mulher (subst.
Próprio) quando não conhecida publicamente. É facultativo antes de pronome
possessivo feminino no singular, pois a opção de uso é do artigo.
40. Chamei
as meninas de tolas, apesar de não serem. [ caso facultativo ]
41. A
enfermeira assistiu a enferma com amor. [V]
42. Aspiro
à rosa / Aspiro a rosa.[ embora corretas
as duras versões, mas não temos caso facultativo, pois há mudança de sentido ]
43. Haja
vista a nova informação, é melhor. [ caso facultativo ]
44. Assisti
a novela o cravo e a rosa, mas minha amiga não assistiu a ela. [F]
Obs.: Não use acento grave diante de sujeito e objeto direto.
Não use
acento grave diante de pronomes de tratamento, exceto Senhora, Senhorita, Dona
e Madame.
Definiu-se a distância de
quatro metros. [V]
Vendi a casa de meus avós.[V]
Ofereci livros a V. Sa. e
a senhora Lourdes, mas a Senhora Lourdes
não quis.[F]
EXERCÍCIO - CRASE
01. Indique a seqüência que preenche corretamente as
lacunas:
|
A exegese que se vem impondo nesta
Casa, acerca do assunto, decorre da análise conjunta de três elementos que
lhe dão lastro. São eles: ---- notória especialização da contratada;
----singularidade do objeto, examinada sempre, em relação --- existência no
mercado de muitos profissionais na área, aptos --- desenvolverem os mesmos
serviços com ---- mesma qualidade; --- inviabilidade de competição,
descaracterizada em face de se ver prejudicada --- singularidade do objeto,
porquanto, uma vez que várias empresas podem realizá-lo, não existem motivos
para que não haja --- competição. Esta interpretação, que vem sendo efetuada
no texto da lei, leva-nos quase que --- idéia de exclusividade da contratada,
ou seja, o objeto só será singular se apenas uma empresa for capaz de
realizá-lo.
(Adaptado de Eduardo Bittencourt
Carvalho)
|
a)
|
a, a, a, a, à, a, à, a, a
|
b)
|
a, à, a, a, à, a, a, a, à
|
c)
|
a, a, à, a, a, a ,a ,a, à
|
d)
|
a, a, à, a, a, à, a, a, a
|
e)
|
a, a, à, à, a, a, a, a, a
|
02-
Marque a opção que preenche corretamente as lacunas.
Completamente excluídos das engrenagens de desenvolvimento da sociedade, os miseráveis são reduzidos _____ uma condição subumana. Seu único horizonte passa ____ ser ____ luta feroz pela sobrevivência. No lixão do Valparaíso, ____ poucos quilômetros de Brasília, ____ gente disputando os restos com os animais. (Fonte: Revista VEJA, edição 1735)
Completamente excluídos das engrenagens de desenvolvimento da sociedade, os miseráveis são reduzidos _____ uma condição subumana. Seu único horizonte passa ____ ser ____ luta feroz pela sobrevivência. No lixão do Valparaíso, ____ poucos quilômetros de Brasília, ____ gente disputando os restos com os animais. (Fonte: Revista VEJA, edição 1735)
a)
à, a, a, há, há
b)
a, à, à há, a
c)
a, a, a, a, há
d)
à, a, a, à, há
e) a, à, à, há,
a
03. CRASE - “Lá vinha ele trotando à frente de sua dona,
arrastando seu comprimento. Desprevenido,
acostumado, cachorro.”
Na frase acima e na
frase “Enquanto Pedro se dedicava à oração, os outros viviam apenas para as farras e as diversões profanas”, o
sinal indicativo da crase foi usada
pela mesma razão.
[ V – F ]
a) as - à - as
b) às - à - as
c) às - a - às
d) às - à - às
e) as - a – às
05. Uso ou omissão do sinal indicativo
da crase no Texto 1.
V
|
F
|
|
0
|
0
|
Em "Às vezes, de tão
descrente, tinha vontade de contar a Mira", usou-se o sinal indicativo
de crase por se tratar de uma locução adverbial de que participa uma palavra
feminina.
|
1
|
1
|
Em "Apenas espaçou as
idas à casa de Mira e..." o sinal indicativo de crase está errado,
porque "casa" significa "lar", "residência
própria".
|
2
|
2
|
Em "... deixou de ir
ao Logrador, até dar à luz um menino bem feitinho de corpo...", o sinal
indicativo de crase foi usado corretamente porque o termo antecedente exige a
preposição "a" e o termo conseqüente admite o artigo feminino
"a".
|
3
|
3
|
Em "Ana, numa última
homenagem àquele que em tão curto espaço de tempo recompensara-lhe os
desprazeres vividos...", o sinal indicativo de crase deveria ter sido
omitido, porque "aquele" é sujeito de "recompensara".
|
4
|
4
|
Se em "Floriam os
campos agora bem visíveis aos seus olhos", substituíssemos "aos
seus olhos" por "a toda hora", haveria necessidade de usar o
sinal indicativo de crase, porque o termo antecedente exige a preposição
"a" e o termo conseqüente admite o artigo feminino "a".
|
GABARITO DO TESTE ( CRASE ) :
01. C
02. C 03. F 04.
D 05. V/F/F/F/F
SINTAXE DE COLOCAÇÃO
PRONOMINAL.
Próclise = Pronome oblíquo antes do verbo.
Ênclise = Pronome
oblíquo após o verbo.
Mesóclise ou Tmese = Pronome oblíquo entre o verbo.
Obs.: A próclise pode ser
empregada, desde que não inicie orações. Todavia, existindo termo atrativo, a
próclise deve ser usada.
São termos atrativos:
Advérbio; Palavras negativas;
Pronome demonstrativo; Pronome relativo;
Conjunção Subordinada; A palavra “ambos”;
Frases optativas; Pronome indefinido;
Frases exclamativas; Frases
interrogativas.
Verbos
no gerúndio precedido da prep. “em”
Exs.:
1.
Não se mostrou animado com as novidades que se
firmaram através da imprensa.
mostrou-se [ F ] que firmaram-se
[F]
Alguém o considerou
hermético. Em se tratando de opacidade, ninguém o precede.
considerou-o [F] tratando-se [F] precede-o [F]
·
Em todos os casos acima, temos o uso da
próclise, em virtude do emprego de termos atrativos.
2.
Ela
se inquietou quando
a chamaram de inconseqüente. Os que lhe lançaram
julgamentos não maduros
serão repreendidos, de fato. [V]
·
Em “Ela se inquietou”, temos o uso da
próclise, embora devemos usar a próclise. Com isso, não tenhamos a próclise
como erro gramatical. É que a precedência é do pronome enclítico. Quando o
termo não for atrativo, próclise e ênclise estão corretas, mas a ênclise tem
precedência em relação à próclise, pois a ênclise demonstra a ordem direta, que
tem precedência em comparação com o uso da próclise, que demonstra o uso da
ordem inversa. Assim, em concurso público, se afirmarem que em “Ela se
inquietou”, temos o uso da próclise, mas podemos usar a ênclise, está incorreta
a afirmação. O que fundamenta erro é que não podemos usar a ênclise, mas
devemos usar a ênclise.
3.
Bons ventos o levem. [V]
* A frase optativa é a expressão de um desejo, cabendo ao sujeito
levem-no [F] a opção em realizar a ação.
4.
Receptivo ao convite, o juiz se entregou
à polícia Federal. A operação Moréia foi um sucesso. [ V] * Como
“juiz” não é termo atrativo, também estaria correto “.. entregou-se”
5.
Eu te amo!
amo-te! [ F] * A frase é exclamativa.
6.
Eu te amo.
[ V] Como pronome pessoal não é termo atrativo, ambos
corretos, embora a ênclise te-
amo-te
[ V] nha precedência.
7.
Comprei o livro que ofereceram-me. [F] *
pronome relativo é termo atrativo.
me ofereceram [V]
8.
Quero que se esqueçam de tudo. [ V ] * Conjunção subordinada é termo atrativo.
esqueçam-se [ F ]
9.
Nada incomoda-me [ F ]
me incomoda [ V ]
10. Não te devolver [ V ] o material é a única alternativa que me
resta.[ V ]
devolver-te [V ] resta-me.
[ F ]
Obs.: Mesmo existindo termo
atrativo, se o verbo estiver no infinitivo, devo empregar a Próclise, mas posso
usar a ênclise.
11. Se não se envolvesse com drogas, estaria vivo.
[ V ]
Se se não envolvesse [ F ]
Se não envolvesse-se [ F ]
Obs.: Existindo mais de um termo atrativo, o pronome oblíquo deve ser usado após o último termo
atrativo.
12. Quando
me chamarem, entregar-lhe-ei as provas do crime que... [ V ]
chamaram-me, entregarei-lhe [ F ]
lhe entregarei [ F ]
Obs.: Usar-se-á a mesóclise
com verbos no futuro do presente e no futuro do pretérito, desde que não haja
termo atrativo.
13. Se
se preocupasse com todos, dir-nos-ia a verdade. [ V ]
diria-nos [ F ]
14. Ninguém
me forneceria as provas, se Leandro não autorizasse. [ V ]
fornecer-me-ia [ F ]
forneceria-me
TOPOLOGIA PRONOMINAL EM LOCUÇÃO VERBAL
Não devo-lhe dizer. (F )
* Como há termo atrativo, corrija
usando o pronome proclítico ao auxiliar.
Devo-lhe dizer. ( V )
Dever-lhe-ia dizer. ( V ) *
Como o auxiliar está no futuro do pretérito, está correta a mesóclise.
Não devo lhe dizer. ( F )
* Como há termo atrativo, corrija
usando o pronome proclítico ao auxiliar.
Devo lhe dizer. ( V
)
Deveria dizer-lhe. ( V
) * Está correta a estrutura. Apenas o particípio
não aceita pronome posposto.
Não lhe devo dizer. ( V )
Lhe devo dizer. ( F
) * Não se inicia oração
com pronome oblíquo.
Não dever-lhe-ia dizer. ( F
) * Está incorreta, pois a
mesóclise não pode ser usado quando houver termo atrativo.
Não devo dizer-lhe. ( V
) * Mesmo existindo termo
atrativo, mas o verbo principal está no infinitivo. É a única condição de se
ignorar um termo atrativo, caso o emissor queira.
Devo dizer-lhe. ( V )
Alguém me tem dito. ( V )
* O pronome indefinido atrai o
pronome oblíquo.
Tem-me dito. ( V )
Alguém ter-me-ia dito. (
F )
* Como empregar a mesóclise com termo atrativo? Impossível.
Alguém tem-me dito. ( F )
Tem me dito. ( V )
Ter-me-ão falado. ( V
)
Alguém tem me dito. ( F
) * O pronome indefinido atrai o pronome
oblíquo.
Me tem dito. ( F ) * Não se inicia oração com pronome oblíquo.
Ter-se-lhe-ia entregue o
livro. ( V )
Alguém tem dito-me. ( F )
* Particípio não aceita a ênclise
Tem dito-me.( F ) * Particípio não aceita pronome oblíquo
posposto a ele.
Teria devolvido-lhe o livro.
( F )
PONTUAÇÃO
01. Os
clientes solicitaram acentuados descontos ao comerciante .
02. Prefiro a salgados alguns
doces.
Nota: Não use vírgula entre
sujeito e verbo, entre verbo e complemento verbal, entre objeto direto e objeto
indireto, entre objeto indireto e objeto direto. Haverá momentos em que
existirá uma pausa na oralidade, mas não empregue a vírgula entre esses termos
sintáticos, quando diretamente ligados.
03. À noite, Luciana escreveu
a carta
04. Luciana, à noite,
escreveu a carta.
05. Luciana irá à praia.
Nota: Mesmo deslocado, se o
adjunto adverbial não for oracional, a vírgula é optativa. Todavia, se a
preposição do adjunto adverbial vier do termo anterior a ele, a vírgula é
inaceitável. O emprego da vírgula nos casos 03 e 04 apenas dão destaque a idéia
expressa pelo adjunto adverbial.
06. Se ela estivesse aqui,
dar-lhe-ia uma rosa.
07. Dar-lhe-ia uma rosa, se
ela estivesse aqui.
Nota: Se o adjunto adverbial for oracional, quando
deslocado, a vírgula é obrigatória. A
vírgula nesse caso estará justapondo as orações do período. Porém, não estando
deslocada, a vírgula passa a ser optativa, pois a conjunção subordinada do
adjunto adverbial oracional tem a função de justapor as orações do período. Se
usar a vírgula, estaremos apenas dando destaque ao adjunto adverbial oracional.
08. O homem, que é animal
racional, edifica sonhos.
09. João Paulo II, que é o
papa, está doente.
10. A manga que estava madura
sumiu.
Nota: Nos itens 08 e 09, a pontuação é mister. As
orações subordinadas adjetivas explicativas são demarcadas por vírgula ou
travessão. Representam valores absolutas, não havendo espaço para restrição.
Não se restringe valores absolutos. Já no item 10, virgular a oração em negrito
é opção do emissor.
Caso queira torná-la
explicativa, a vírgula concretiza essa idéia. Como a idéia ou carga semântica
de uma oração está alicerçada em sua classificação, pondo as vírgulas na oração
em negrito, haverá mudança de sentido.
11. Gustavo, o presidente do
clube, reconhece seus erros.
12. O presidente do clube,
Gustavo reconhece seus erros.
13. Renata, Leandro chegou à
sala
14. Leandro, Renata, chegou à
sala.
15. Leandro chegou à sala,
Renata.
Nota: Aposto e vocativo são demarcados por
pontuação. Os termos em negrito
representam o aposto e os termos
grifados espelham o vocativo. Iniciando
a estrutura oracional, use a vírgula após; no final da frase, use vírgula antes
e, por fim, no “meio” da oração , use-os entre vírgulas. Não obstante, é bom
ressaltar que o aposto no final da oração pode vir sinalizado por dois-pontos,
travessão ou vírgula; no “meio” da oração pode ser pontuado por travessão.
Também ha o caso do aposto especificativo, ou seja, substantivo comum seguido
de substantivo próprio. Neste último caso, o aposto não será demarcado por
pontuação ( O gerente Lúcio Almeida saiu ).
“Lúcio Almeida” é aposto. Se colocássemos entre vírgulas, ele passaria a
ser vocativo.
16. Li romances, contos, novelas .
17. Li romances, novelas e
contos.
18. Li romances e novelas e
contos e bíblias e teses e ensaios.
Nota: Use vírgula para justapor termos sintáticos
iguais ( item 16 ), caracterizando uma figura de construção chamada
assíndeto. No item 17, se antes do
último elemento em seqüência usarmos a conjunção : “e”, esta substitui a
vírgula. E no item 18 temos a figura de construção chamada polissíndeto, que na
composição de um texto dissertativo não deve ser empregada. Todavia, não
caracteriza erro gramatical. Outrossim, gostaria de ressaltar que, no item 18,
a vírgula anteposta aos conectivos aditivos não seria erro gramatical.
19. Construí prédios,
aumentei o número de galerias, refiz plataformas.
Nota: Use vírgula para
justapor orações.
20. Alberto elaborou
projetos, e Sérgio ergueu pontes.
Nota: Quando a conjunção aditiva “e” ligar oração
com sujeitos distintos, a vírgula antes da conjunção é obrigatória.
21. Comeu bastante, e
continua faminto.
Nota: Sendo “e” conjunção adversativa, embora o
sujeito seja o mesmo referente, a vírgula antes da conjunção é necessária.
22.
Construí, caro amigo, prédios; aumentei, senhoras, o número de galerias; refiz,
meu povo, plataformas.
Nota: As vírgulas acima foram empregadas para
demarcar o vocativo. O ponto-e-vírgula deve ser usado para justapor orações que
já apresentem vírgula em suas estruturas internas. O emprego do ponto também estaria correto,
substituindo o ponto-e-vírgula.
23. O mal
destrói o homem; o bem edifica-o.
Nota: Use ponto-e-vírgula para justapor orações
que apresentam idéias opostas. O emprego do ponto substituindo o
ponto-e-vírgula também estaria correto.
24. São
condições necessárias no ato da inscrição: ter
curso superior; ser brasileiro;
falar língua estrangeira; estar com os compromissos tributários atualizados.
Nota: Empregue ponto-e-vírgula para justapor
citações. Se antes da última citação for empregada a conjunção aditiva “e”,
esta substitui o ponto-e-vírgula.
25.
Recife, 05 de agosto de 2000. * A
vírgula ao lado está justapondo termos sintáticos iguais.
26.
Preocupados, os rapazes estão.
27.
Preocupados estão os rapazes.
Nota: Se o predicativo do sujeito estiver
deslocado, use vírgula para demarcar o termo deslocado [ 26 ] . Todavia, se for
empregado verbo de ligação entre o sujeito e o predicativo, este – mesmo
deslocado – não recebe vírgula [ 27 ] .
28. Quem
gerencia seus dias vence alguns dos obstáculos que lhe chegam à frente.
* Sendo
“Quem gerencia seus dias” sujeito oracional do verbo vencer, não podemos usar
uma vírgula após a palavra “dias”. Mas, caso o emissor queira, ele pode usar
uma vírgula após a palavra “obstáculos”. Não se trata de um caso facultativo,
pois “que lhe chegam à frente” é uma oração subordinada adjetiva.
Pondo a
vírgula, temo-la como oração subordinada adjetiva explicativa; não escrevendo a
vírgula antes do pronome relativo, passamos a ter uma oração subordinada
adjetiva restritiva. Portanto, não temos
um caso facultativo de vírgula nas orações subordinadas adjetivas, pois haveria
mudança de sentido.
29. Falar
a verdade a todos os circundantes é necessário a todos os seres humanos quando
se deseja o reconhecimento do exercício
da ética e da moral.
Nota: A oração grifada é
subordinada adverbial temporal. A vírgula antes da conjunção subordinada
temporal “quando” é optativa, visto não está deslocada.
30. À
noite, às escondidas, com meus filhos assisti a jogos esportivos.
Nota: As
duas vírgulas acima estão justapondo termos sintáticos iguais. Não use vírgula
antes do termo grifado, pois complemento verbal seguido por seu predicativo não
admite vírgula. Caso você queira, pode usar uma vírgula após a palavra
“filhos”, dando destaque ao adjunto adverbial de companhia “com meus filhos”.
31. Os
curiosos, que, à semana passada, foram àquela praia, voltaram surpresos com a
situação presente.
Nota: As
vírgulas acima na oração subordinada adjetiva não são facultativas: a oração em
negrito é subordinada adjetiva explicativa com as vírgulas antes do pronome
relativo e após a palavra “praia”. Ambas se relacionam. Se retirarmos as
vírgulas, a oração passaria a ser
restritiva. Também é oportuno observar que na estrutura interna da oração
subordinada adjetiva há um adjunto adverbial de tempo não oracional. Logo, as
vírgulas desse adjunto adverbial são
optativas. Usando-as, passa o adjunto adverbial a ser destacado. O termo grifado exerce a função de
complemento nominal, sendo impossível o uso da vírgula após a palavra
“surpresos”, pois não se emprega vírgula entre o termo regente e seu
complemento nominal, quando diretamente ligados. Se o concurso público disser
que a substituição das vírgulas da oração adjetiva por travessão teria
precedência, estaria correta a afirmação, visto já existir vírgula na estrutura
interna da adjetiva explicativa. Vejamos, por fim, as quatro maneiras de
pontuar o período supra:
-
Os curiosos que à semana passada foram
àquela praia voltaram surpresos com a situação presente.
-
Os curiosos, que à semana passada foram
àquela praia, voltaram surpresos com a situação presente.
-
Os curiosos que, à semana passada,
foram àquela praia voltaram surpresos com a situação presente.
-
Os curiosos, que, à semana passada,
foram àquela praia, voltaram surpresos com a situação presente.
EXERCÍCIOS
01. IDENTIFIQUE O ITEM EM QUE A PONTUAÇÃO ESTÁ
CORRETA
a)
Sobre a sociedade, acima das classes, o
aparelhamento político – uma camada social, comunitária embora nem sempre
articulada – impera, rege e governa, em nome próprio, num círculo impermeável
de comando. Esta camada, que não representa a nação, quando forçada pela lei do
tempo, renova-se e substitui velhos por moços, inaptos por aptos, num processo
que cunha e nobilita os recém-vindos, imprimindo-lhes os seus valores.
b)
Sobre a sociedade acima das classes, o
aparelhamento político – uma camada social, comunitária embora nem sempre
articulada; impera, rege e governa, em nome próprio, num círculo impermeável de
comando. Esta camada, que não representa a nação, quando forçada pela lei do
tempo, renova-se e substitui velhos por moços, inaptos por aptos, num processo
que cunha, e nobilita os recém-vindos, imprimindo-lhes os seus valores.
c)
Sobre a sociedade, acima das classes, o
aparelhamento político: uma camada social, comunitária embora nem sempre
articulada – impera, rege e governa, em nome próprio, num círculo impermeável,
de comando. Esta camada, que não representa a nação, quando forçada pela lei do
tempo, renova-se e, substgitui velhos por moços, inaptos por aptos, num processo
que cunha e nobilita os recém-vindos, imprimindo-lhes, os seus valores.
d)
Sobre a sociedade acima das classes, o
aparelhamento político; uma camada social, comunitária embora nem sempre
articulada; impera, rege e governa em nome próprio, num círculo impermeável, de
comando. Esta camada, que não representa a nação, quando forçada pela lei do
tempo, renova-se e substitui, velhos, por moços, inaptos por aptos num processo
que cunha e nobilita, os recém-vindos, imprimindo-lhes os seus valores.
e)
Sobre a sociedade acima das classes o
aparelhamento político. Uma camada social, comunitária embora nem sempre
articulada – impera rege e governa, em nome próprio, num círculo impermeável de
comando. Esta camada, que não representa, a nação quando forçada pela lei do
tempo renova-se e substitui velhos por moços, inaptos por aptos, num processo
que cunha, e nobilita os recém-vindos, imprimindo-lhes os seus valores. [ Raymundo Faoro – Os Donos do Poder ]
02.
Assinale a frase em que a pontuação está incorreta.
a)
E ficou de olhos abertos, concentrado
esperando, que o dia nascesse e seus mortos, partissem.
b)
Tomado de surpresa, fico imóvel, e somos como
um feliz, ainda que insólito, casal de namorados.
c)
O escuro da garagem reteve-as por alguns
momentos, até que a vencedora emergiu, vagarosa, arquejante.
d)
É bom que um homem, vez por outra, deixe o
litoral misterioso e grande, querendo contemplar uma lagoa.
e)
Pegou o telefone, deu instruções à companhia,
acrescentando com meio desprezo: o que tem mais aqui é livro.
03.Assinale
a frase em que faltam vírgulas.
a)
Quem sabe se os dois tinham uma receita de
felicidade?
b) Seria inútil explicar-lhe que um celeiro de
brejo não tem preço.
c)
Boa distração a gente sonhar construir
castelos arquitetar episódios romanescos.
d)
As pessoas distantes atingiram essa altura
desolada em que papel e tinta nada significam.
e) A lembrança dele é grata aos que conheceram
os últimos dias de glória dos teatros do interior.
04.
Leia o texto com a finalidade de pontuá-lo corretamente.
“Diz a
sabedoria popular chinesa (1) que toda marcha (2) por mais longa (3) e
importante que seja (4) começa (5) com o primeiro passo. Dar (6) esse primeiro
passo (7) às vezes (8) exige (9) grande determinação (10) esforço monumental e
( 11) muita coragem . Principalmente se
o passo (12) for em direção (13) a um caminho desconhecido (14) com o qual (
15) não estamos acostumados a lidar por
conta dos vícios adquiridos.”
(
Revista Veja )
Os
números que devem ser substituídos por vírgulas são
a)
2 – 4 – 7 – 8 – 10 – 14 d) 1 – 2 - 3 – 4 – 7 – 10 - 12
b)
1 – 4 – 5 – 9 – 11 – 14 e)
2 – 3 – 4 – 7 – 9 – 13 - 15
c)
3 – 5 – 6 – 8 – 10 – 12
GABARITO: 01. A
02. A 03. C 04.
A
COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAL
Nas
questões 02 e 03, numere os períodos de modo a constituírem um texto coeso e
coerente e, depois, indique a seqüência numérica correta.
02-
|
( )
|
Por isso era desprezado por
amplos setores, visto como resquício da era do capitalismo desalmado.
|
|
( )
|
Durante décadas, Friedman –
que hoje tem 85 anos e há muito aposentou-se da Universidade de Chicago – foi
visto como uma espécie de pária brilhante.
|
|
( )
|
Mas isso mudou; o impacto
de Friedman foi tão grande que ele já se aproxima do status de John Maynard
Keynes (1883-1945) como o economista mais importante do século.
|
|
( )
|
Foi apenas nos últimos 10 a
15 anos que Milton Friedman começou a ser visto como realmente é: o mais
influente economista vivo desde a Segunda Guerra Mundial.
|
|
( )
|
Ele exaltava a ‘liberdade’,
louvava os ‘livres mercados’ e criticava o 'excesso de intervenção
governamental.'
(Baseado em Robert J. Samuelson, Exame, 1/7/1998)
|
a)
|
4, 2, 5, 1, 3
|
b)
|
1, 2, 5, 3, 4
|
c)
|
3, 1, 5, 2, 4
|
d)
|
5, 2, 4, 1, 3
|
e)
|
2, 5, 4, 3, 1
|
03-
|
( )
|
Na verdade, significa
aquilo que um liberal americano descreveria (sem estar totalmente correto,
porém) como conservadorismo.
|
|
( )
|
Nos Estados Unidos,
liberalismo significa a atuação de um governo ativista e intervencionista,
que expande seu envolvimento e as responsabilidades que assume, estendendo-os
à economia e à tomada centralizada de decisões.
|
|
( )
|
A guerra global entre
estado e mercado contrapõe ‘liberalismo’ a ‘liberalismo’.
|
|
( )
|
No resto do mundo,
liberalismo significa quase o oposto.
|
|
( )
|
Esta última definição
contém o sentido tradicional dado ao liberalismo.
|
|
( )
|
Esse tipo de liberalismo
defende a redução do papel do Estado, a maximização da liberdade individual,
da liberdade econômica e do papel do mercado.
(Exame, 1/7/1998)
|
a)
|
1, 5, 3, 4, 2, 6
|
b)
|
3, 1, 4, 5, 6, 2
|
c)
|
2, 4, 5, 3, 6, 1
|
d)
|
4 , 2, 1, 3, 6, 5
|
e)
|
1, 3, 2, 6, 5, 4
|
04-
Numere o segundo conjunto de sentenças de acordo com o primeiro, de modo que
cada par forme uma seqüência coesa e lógica.
(1)
|
A experiência mundial
produziu uma ordem razoavelmente depurada de radicalismos ideológicos neste
fim de século.
|
(2)
|
As reformas tributária, da
legislação trabalhista e da previdência são necessárias à consolidação de uma
economia de mercado com altas doses de investimento e de geração de empregos.
|
(3)
|
O Plano Real interrompeu a
ciranda de preços e, com isso, erradicou o imposto inflacionário.
|
(4)
|
Um fator crítico para
consolidar a moeda forte é um banco central independente.
|
(5)
|
Os governos nacionais que
compreendem a lógica da economia de mercado implementam políticas públicas
compatíveis com a nova ordem em formação.
(Baseado em Paulo Guedes, Exame, 1/7/1998)
|
( )
|
Este era politicamente
ilegítimo (uma taxação sem legislação) e socialmente injusto.
|
( )
|
Ele remeteria ao Congresso
o ritual de aprovação de despesas e arrecadação de impostos, o que poderia
aumentar a transparência da atuação do Estado.
|
( )
|
Os que não a compreendem,
quer por preconceitos ideológicos, quer por motivos religiosos, quer por
ignorância, cavam um fosso no qual aprisionam populações inteiras.
|
( )
|
Mas elas precisam ser
transmitidas em linguagem cotidiana para que ‘globalização’ não signifique
‘desnacionalização industrial somada a ciranda financeira internacional’.
|
( )
|
Seus alicerces são sistemas
políticos democráticos, economias de mercado em processo de globalização,
ação social descentralizada por parte de governos nacionais e a consolidação
de moedas fortes.
|
A
seqüência numérica correta é:
a)
|
5, 4, 2, 3, 1
|
b)
|
3, 4, 5, 2, 1
|
c)
|
1, 5, 3, 4, 2
|
d)
|
2, 1, 4, 5, 3
|
e)
|
4, 2, 5, 1, 3
|
05- Assinale o segmento que apresenta erro de concordância.
a)
|
As empresas estrangeiras registram o
capital que investe no país como empréstimos feitos pela matriz para poder
remeter os juros às matrizes sem pagar imposto de renda. Há muitas propostas
para reduzir a evasão fiscal no país. Uma delas é a cobrança de imposto sobre
o faturamento das empresas.
|
b)
|
No sistema financeiro, 34% dos
débitos reconhecidos com a Receita estão com o pagamento suspenso por causa
de liminares. As empresas deixaram de pagar cerca de 12 bilhões de reais em
impostos nos últimos cinco anos, dos quais 3,5 bilhões seriam devidos pelos
bancos.
|
c)
|
O motivo: a Lei no 8200, de 1991,
permitiu a correção monetária das despesas nos balanços, mas não fez o mesmo
com as receitas. Boa parte dos dólares aplicados por investidores
estrangeiros no país seria de brasileiros. O dinheiro, depositado em paraísos
fiscais, retorna ao país sob a forma de investimento em ações e em aplicações
de renda fixa, sem identificação do titular da conta, e sai sem pagar imposto
algum.
|
d)
|
As empresas acumulam prejuízos de 183
bilhões de reais e querem transformá-los em créditos com o Fisco. Desse
total, 23 bilhões são perdas contabilizadas por instituições financeiras. Se
esse volume de recursos fosse usado de uma só vez, equivaleria a mais de um
ano de arrecadação.
|
e)
|
Das 530 maiores empresas do país,
metade não pagou imposto de renda em 1997. O mesmo ocorreu com os bancos. Das
66 maiores instituições financeiras, 42% não recolheram imposto de renda. A
Receita tem 115 bilhões de reais a receber em impostos devidos pelas empresas
que não foram pagos por causa do que se chamou de “indústria de liminares”.
(Exame, 02/06/1999, p.14 e 15, com
adaptações)
|
06- Assinale a opção em que o texto foi transcrito com erro
de concordância verbal.
a)
|
Um delegado mal-intencionado pode
perse-guir um cidadão ou uma empresa ou, da mesma forma, proteger um
sonegador. Por isso, essas indicações sempre foram olimpicamente disputadas
pelos partidos.
|
b)
|
A partir de 1994, a Receita
Federal passou a nomear todos os
delegados e superinten-dentes do órgão nos Estados, sem nenhuma interferência
política. Esses cargos compõe o sistema nervoso da Receita.
|
c)
|
Há casos de funcionários, como os
inspetores alfandegários de aeroportos e portos, que há anos eram escolhidos
por políticos. O resultado é que a fiscalização ganhou mais independência.
|
d)
|
As mudanças surtiram, de imediato,
efeitos práticos. O primeiro é que o raio de ação dos fiscais cresceu
consideravelmente.
|
e)
|
Os auditores passaram a visitar
empresas e pessoas que antes se sentiam seguras graças às amizades que
tinham em determinados postos.
(VEJA, Edição 1621 - 27/10/1999)
|
07- Os fragmentos abaixo constituem um texto, mas estão
desordenados. Ordene-os de forma coesa e coerente e assinale a resposta
correta.
A.
|
Na sede da entidade, a Receita recolheu
para análise dezenas de notas fiscais, comprovantes de pagamentos e livros
contábeis. Com base nos documentos, o órgão federal espera esclarecer a
questão. O movimento financeiro durante os dez dias da festa é avaliado pelo
Sebrae da cidade em R$ 278 milhões.
|
|
B.
|
Segundo sua análise, o evento reúne 1
milhão de pessoas, com uma média de R$ 278 gastos por freqüentador. Desses R$
278 milhões, a média de arrecadação é de 3%. Segundo informações obtidas pela
Receita, metade desse percentual estaria sendo sonegado - ou seja, R$ 4,17
milhões. Além do clube, devem ser fiscalizados hotéis, restaurantes e a
empresa que vende os anúncios da festa.
|
|
C.
|
A suspeita de sonegação surgiu porque
o recolhimento dos tributos por parte de comerciantes e empresários da
região, no período da festa, é o mesmo dos outros meses do ano. "Todo
mundo diz que o faturamento dobra ou triplica no período da festa, mas o
total arrecadado em impostos fica igual", diz o delegado da Receita. O
primeiro alvo dos auditores na cidade foi o clube Os Independentes,
instituição responsável pela organização da Festa do Peão de Boiadeiro.
|
|
D.
|
A Receita Federal de Franca está
apurando a sonegação de impostos praticada pelas empresas e associações que
atuam na Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos.
|
(Rogério Pagnan,
Folha de S. Paulo, 15/08/2000, p.
F2, com adaptações)
a)
|
C, A, B, D
|
b)
|
D, C, A, B
|
c)
|
A, B, C, D
|
d)
|
D, B, C, A
|
e)
|
B, C, D, A
|
PROVA
I [ Polícia Rodoviária / 98 ]
"Arrumar o
homem"( Dom Lucas Moreira Neves Jornal do Brasil, Jan. 1997)
Não boto a mão no fogo pela autenticidade da estória que estou para contar. Não posso, porém, duvidar da veracidade da pessoa de quem a escutei e, por isso, tenho-a como verdadeira. Salva-me, de qualquer modo, o provérbio italiano: "Se não é verdadeira... é muito graciosa!"
Estava, pois, aquele pai carioca, engenheiro de profissão, posto em sossego, admitido que, para um engenheiro, é sossego andar mergulhado em cálculos de estrutura. Ao lado, o filho, de 7 ou 8 anos, não cessava de atormentá-lo com perguntas de todo jaez, tentando conquistar um companheiro de lazer.
A idéia mais luminosa que ocorreu ao pai, depois de dez a quinze convites a ficar quieto e a deixá-lo trabalhar, foi a de pôr nas mãos do moleque um belo quebra-cabeça trazido da última viagem à Europa. "Vá brincando enquanto eu termino esta conta". sentencia entre dentes, prelibando pelo menos uma hora, hora e meia de trégua. O peralta não levará menos do que isso para armar o mapa do mundo com os cinco continentes, arquipélagos, mares e oceanos, comemora o pai-engenheiro.
Quem foi que disse hora e meia? Dez minutos depois, dez minutos cravados, e o menino já o puxava triunfante: "Pai, vem ver!" No chão, completinho, sem defeito, o mapa do mundo.
Como fez, como não fez? Em menos de uma hora era impossível. O próprio herói deu a chave da proeza: "Pai, vocë não percebeu que, atrás do mundo, o quebra-cabeça tinha um homem? Era mais fácil. E quando eu arrumei o homem, o mundo ficou arrumado!"
"Mas esse garoto é um sábio!", sobressaltei, ouvindo a palavra final. Nunca ouvi verdade tão cristalina: "Basta arrumar o homem (tão desarrumado quase sempre) e o mundo fica arrumado!"
Arrumar o homem é a tarefa das tarefas, se é que se quer arrumar o mundo.
01. Assinale o item cuja afirmativa está de acordo com o primeiro parágrafo do texto:
(A) embora o autor do texto não confie na veracidade da estória narrada, conta-a por seu valor moral;
(B) como o autor do texto confia na pessoa que lhe narrou a estória, ele a transfere para o leitor, mesmo sabendo que não é autêntica;
(C) A despeito de ser bastante graciosa a história narrada, o autor do texto tem certeza de sua inautenticidade ;
(D) O autor do texto nos narra uma história de cuja autenticidade não está certo, apesar de ter sido contada por pessoas dignas de confiança ;
(E) a estória narrada possui autenticidade, veracidade e , além disso, certa graça.
02. O título dado ao texto:
(A) representa a tarefa que deveria ser executada pelo menino;
(B) indica a verdadeira finalidade do jogo de quebra- cabeça;
(C) mostra a desorganização reinante na família moderna;
(D) assinala a tarefa básica inicial para a organização do mundo;
(E) demonstra a sabedoria precoce do menino da estória narrada.
03. Na continuidade de um texto, algumas palavras referem-se a outras anteriormente expressas; assinale o item em que a palavra destacada tem sua referência corretamente indicada:
(A) Não boto a mão no fogo pela autenticidade da estória que estou para contar - refere-se à autenticidade da estória narrada;
(B) Não posso, porém, duvidar da veracidade da pessoa de quem a escutei... - refere-se à veracidade da estória narrada;
(C) ...e, por isso tenho-a como verdadeira. - refere-se a não poder duvidar da veracidade da pessoa que lhe narrou a estória;
(D) ...tenho-a como verdadeira. - refere-se à pessoa que lhe narrou a estória do texto;
(E) Salva-me de qualquer modo, o provérbio italiano. - refere-se à pessoa de cuja veracidade o autor do texto não pode duvidar.
04. O item em que o vocábulo sublinhado está tomado em sentido não- figurado é:
(A) Não boto a mão no fogo pela autenticidade da estória...
(B) Estava, pois, aquele pai carioca ...
(C) ...não cessava de atormentá-lo com perguntas...
(D) ...comemora o pai-engenheiro.
(E) Mas esse garoto é um sábio !
05. ..por nas mãos do moleque um belo quebra-cabeça...; o substantivo quebra-cabeça forma o plural de modo idêntico a um dos substantivos abaixo:
(A) guarda-chuva;
(B) tenente-coronel;
(C) terça-feira;
(D) ponto-de-vista;
(E) caneta-tinteiro.
06. O item em que o vocábulo destacado tem seu sinônimo corretamente indicado é:
(A) Salva-me, de qualquer modo, o provérbio italiano... - citação;
(B) ...com perguntas de todo jaez .. - tipo;
(C) ...tentando conquistar um companheiro de lazer. - aventuras;
(D) ...prelibando pelo menos uma hora... - desejando;
(E) o peralta não levará menos do que isso... - revolucionário.
07. Vá brincando enquanto eu termino esta conta; se fossem dois engenheiros querendo trabalhar e
dois os meninos, esta mesma frase, mantidas as pessoas, deveria ter a seguinte forma:
(A) Vão brincando enquanto nós terminamos esta conta;
(B) Ide brincar enquanto eu termino esta conta;
(C) Vamos brincando enquanto nós terminamos esta conta;
(D) Vadé brincando enquanto eles terminam esta conta;
(E) Vai brincando enquanto nós terminamos esta conta.
08. Basta arrumar o homem (...) e o mundo fica arrumado! A noção expressa pela primeira oração, em relação à segunda é:
(A) concessão;
(B) causa;
(C) tempo;
(D) comparação;
(E) condição.
09. A frase do menino: E quando eu arrumei o homem, o mundo ficou arrumado! mostra que:
(A) o pai do menino desconhecia a brilhante inteligência do filho;
(B) o menino tinha uma visão critica do mundo bastante apurada;
(C) o menino já havia feito a mesma tarefa antes;
(D) o autor do texto quer mostrar a sabedoria do menino;
(E) o menino descobrira um meio mais fácil de completar a tarefa.
10. Mas esse garoto é um sábio...; esta frase do autor do .texto é introduzida por uma conjunção adversativa que marca, nesse caso, a oposição entre:
(A) a idade e a sabedoria;
(B) a autoridade e a desobediência;
(C) o trabalho e o lazer;
(D) a teoria e a prática;
(E) a ignorância e o conhecimento.
11. O segmento do texto que NÃO apresenta qualquer processo de intensificação vocabular é:
(A) Arrumar o homem é a tarefa das tarefas...;
(B) Em menos de uma hora era impossível.;
(C) Era mais fácil.;
(D) Nunca ouvi verdade tão cristalina;
(E) A idéia mais luminosa que ocorreu ao pai...
12. ... você não percebeu que atrás do mundo, o quebra-cabeça tinha um homem? ...se é que se quer arrumar o mundo ; a palavra mundo nesses dois segmentos:
(A) apresenta significados idênticos;
(B) representa significados opostos;
(C) mostra significados abstratos;
(D) possui alguns traços em comum;
(E) é exemplo de substantivo próprio.
13. ...pôr nas mãos do moleque um belo quebra-cabeça...; a palavra pôr leva acento gráfico pela mesma razão que nos leva a acentuar:
(A) você;
(B) têm;
(C) pára;
(D) nó;
(E) pôde.
14. "Mas esse garoto é um sábio!", sobressaltei, ouvindo a palavra final. ; a oração reduzida sublinhada só NÃO pode equivaler semanticamente a:
(A) ...porquanto ouvia a palavra final;
(B) ...quando ouvi a palavra final;
(C) ...após ouvir a palavra final;
(D) ...enquanto ouvia a palavra final;
(E) ..depois de ouvir a palavra final.
15..se é quer se quer arrumar o mundo.; a frase final do texto mostra que:
(A) o autor do texto participa do desejo geral de mudar o mundo;
(B) só uma parte da população anseia por mudanças;
(C) o autor do texto faz uma ressalva negativa sobre o desejo das pessoas;
(D) o filho do engenheiro desconfia das reais intenções das pessoas;
(E) só o mundo, por si mesmo, pode salvar-se.
16. Ao lado, o filho, de 7 ou 8 anos, não cessava de atormentá-lo...; as vírgulas que envolvem o segmento sublinhado:
(A) marcam um adjunto adverbial deslocado;
(B) indicam a presença de uma oração intercalada;
(C) mostram que há uma quebra da ordem direta da frase;
(D) estão usadas erradamente porque separam o sujeito do verbo;
(E) assinalam a presença de um aposto.
Gabarito Oficial - Prova da polícia Rodoviária Federal / 98
01 D
02
D
03
C
04
B
05
A
06
B
07
A
08
Anulada
09
E
10
A
11
B
12
D
13
C
14
A
15
C
16
E
PROVA II [ Polícia Rodoviária / 2002 ]
01. Em 2001, os números de
acidentes, mortos e feridos nas rodovias federais do país diminuíram em relação
a 2000, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal( PRF) divulgados no dia
21/02/2002.
* Para que sejam preservadas
as relações semânticas e a correção gramatical do primeiro período do texto, ao
se empregar a expressão “os números” no singular, devem ser feitas as seguintes
substituições: “diminuíram”por diminuiu e “divulgados” por divulgado. { C – E }
02. Segundo esse coordenador,
o comportamento do motorista brasileiro ainda é preocupante. “As tragédias
ocorrem em decorrência da falta de respeito às leis de trânsito”, disse.
* De acordo com os sentidos
textuais, a expressão “em decorrência da falta de respeito às leis de trânsito”
mantém a coerência e a correção gramatical do texto ao ser substituída por como
decorrência do desrespeito às leis de
trânsito ou como decorrência de se desrespeitarem as leis de trânsito. { C – E
}
TEXTO 01:
Hotel incluído
Em viagens acima de 300 km, não vale a
pena usar o carro quando se está
sozinho. O preço médio da passagem de ônibus entre as cidades de São Paulo e
São José do Rio Preto é de R$ 50,00 ( ida e volta ), enquanto, de carro,
gasta-se R$ 65,00 só de pedágios ( doze ). Some a esse valor 1,5 tanque de
combustível ( R$ 130,00 ) e você terá gasto quatro vezes mais para desfrutar do
prazer de dirigir do que gastaria se trocasse a direção por um assento de
passageiro. Isso sem falar no desgaste do veículo e na possibilidade de ser
multado se a pressa de chegar ao destino reduzir o seu cuidado em dirigir
defensivamente.
Ao usar o ônibus, é como se você ganhasse
de presente uma diária em um hotel de bom nível na cidade para a qual viaja.
Ou, se preferir, todas as refeições do fim de semana incluídas.
03. Como estratégia
argumentativa, o leitor do texto ora é referido pelo índice de indeterminação
“se”, ora pelo pronome “você”. { C – E }
04. Embora o verbo “usar” não
tenha explicitamente sujeito, textualmente pode-se para ele subentender o
pronome se . { C – E }
05. O tempo verbal de “terá
gasto” indica uma ação que terá sido
realizada antes de outra ocorrer no futuro, na hipótese de não se trocar a
direção por um assento de passageiro. { C – E }
06. Na linha 5, a conjunção
“e” adiciona dois complementos ligados a “falar”( linha 5 ) { C – E }
TEXTO 02: CAPÍTULO XV
- DAS INFRAÇÕES
Art. 161. Constitui infração de trânsito a
inobservância de qualquer preceito deste Código, da legislação complementar ou
das resoluções do CONTRAN, sendo o infrator sujeito às penalidades e medidas
administrativas indicadas em cada artigo, além das punições previstas no
Capítulo XIX.
(...)
Art. 165. Dirigir sob a influência de
álcool, em nível superior a seis decigramas por litro de sangue, ou de qualquer
substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica:
Infração – gravíssima; Penalidade – multa ( cinco vezes) e suspensão do direito
de dirigir; Medidas...
07. As palavras “inobservância( linha 1 ), “indicadas”
( linha 3 ), “influência” ( linha 5 )
apresentam o mesmo prefixo, apesar de pertencerem a classes gramaticais
diferentes. { C – E }
08. A coerência do texto e as
regras gramaticais seriam respeitadas, caso se inserisse às imediatamente antes de “medidas” ( linha 2
). { C – E }
09. Para efeito de aplicação das penalidades
previstas, a conjunção “ou” ( linha 4 ) deve ser entendida como também
inclusiva. { C – E }
TEXTO 03: As ações de respeito para com os pedestres.
> Motorista, ao primeiro sinal do
entardecer, acenda os faróis.
Procure não usar a meia-luz.
> Não use faróis auxiliares na cidade.
> Nas rodovias, use sempre os faróis
ligados. Isso evita 50% dos atropelamentos. Seu carro fica mais visível aos pedestres.
> Sempre, sob chuva
ou neblina, use os faróis acesos.
Ø Ao
se aproximar de uma faixa de pedestres, reduza a velocidade e preste atenção. O
pedestre tem a preferência na passagem.
Ø Motorista,
atrás de uma bola vem sempre uma criança.
Ø Nas
rodovias, não dê sinal de luz quando verificar um trabalho de radar da polícia.
Você estará ajudando um motorista irresponsável, que trafega em alta
velocidade, a não ser punido. Esse motorista, não sendo punido hoje, poderá
causar uma tragédia no futuro.
Ø Não
estacione nas faixas de pedestres.
10. Entre os diversos fatores que ampliam as ações de
respeito para com os pedestres, está o fortalecimento do conceito de cidadania,
marcante na civilização contemporânea. { C – E }
11. Embora o vocativo “Motorista” esteja explícito
apenas em dois tópicos do texto, o emprego dos tempos verbais indica que está
subentendido em todos os demais. { C – E }
12. As relações semânticas no
terceiro tópico permitem subentender a idéia de porque entre “atropelamentos” e “Seu”. { C – E }
13. No quarto tópico, a
circunstância “sob chuva ou neblina” tem função caracteristicamente explicativa
e, por isso, se for retirada, não se alterarão as condições de uso para “faróis
acesos”. { C – E }
14. O sexto tópico,
diferentemente dos outros, não explicita a ação do motorista, apenas fornece
uma condição para que seja subentendida cautela. { C – E }
TEXTO 04 : Educação para o
trânsito: RS, ES e DF integram o Rumo à Escola
Buscando implementar a temática do trânsito
nas escolas de ensino fundamental, o Departamento Nacional de Trânsito (
DENATRAN) implantou o projeto Rumo à Escola. Até o momento, 165 escolas das
capitais de 11 estados estão integradas ao projeto. Nessa quarta-feira ( 27/2),
integram o programa o Rio Grande do Sul e o Espírito Santo. No dia 28, será a
vez do DF e, em 14 de março, de São Paulo.
Após
sua implementação em São Paulo, o projeto terá concluído a adesão de sua
primeira de três etapas. No dia 21 de março, está prevista uma teleconferência
nos estados contemplados pelo programa.
15. O gerúndio em “Buscando” inicia uma oração
subordinada que mantém com a principal do período um nexo de circunstância
causal. { C – E }
16. No texto, a idéia terminativa da ação em “estão
integradas” ( linha 3 ), que corresponde, em geral, às formas de pretérito
perfeito, opõe-se à idéia não-terminativa do presente em “integram”( linha 3 ),
que pode ser interpretada como a ocorrer no futuro. { C – E }
17. Mantém-se a coerência
textual, mas altera-se a voz do verbo, de passiva para reflexiva, ao se
substituir a construção verbal “está prevista” ( linha 6 ) por prevê-se. { C –
E }
TEXTO 05
Os EUA acreditam que o Brasil seja o
segundo maior consumidor de cocaína do mundo. Segundo o subsecretário do
Escritório Internacional para Assuntos de Entorpecentes, James Mack, estima-se
que o país consuma entre 40 e 50 toneladas de cocaína por ano. A estimativa
baseia-se na produção e circulação da droga no mundo. Em 2000, foram produzidas
700 toneladas de cocaína, estando 95% da produção concentrada na Colômbia.
Desse total, segundo Mack, 100 toneladas
passam pelo Brasil, mas apenas entre 50 t e 60 t chegam à Europa. Os
norte-americanos acreditam que a droga que não vai para a Europa é consumida no
Brasil. O Brasil só ficaria atrás dos EUA, que, em 2000, consumiram 266t . “Em
1999, 80% da cocaína do mundo foi consumida nos EUA e, em 2000, conseguimos
reduzir esse total para menos da metade. O problema é que a droga está indo
para outros países, entre eles o Brasil”, disse Mack.
Mack veio
ao Brasil, acompanhado de outros especialistas norte-americanos no assunto,
para a reunião anual entre o Brasil e os EUA sobre coordenação no combate ao
narcotráfico e outros ilícitos, como lavagem de dinheiro, por exemplo.
18. O fato de o Brasil ser “o
segundo maior consumidor de cocaína do mundo”( linha 1 ) conservará
as mesmas relações de coerência com a argumentação do texto se, em lugar
de “acreditam” ( linha 1 ), dor usado sabem, com as devidas alterações
sintáticas. { C – E }
19. O emprego de “consuma” ( linha 3 ) indica,
sintaticamente, uma ação dependente de outra, ao mesmo tempo que denota uma
hipótese, algo de que não se pode afirmar a certeza. { C – E }
20. Mantêm-se as mesmas
relações percentuais ao se empregar a preposição em no lugar de “para” na
expressão “para menos da metade” ( linha 9 ) .
{ C – E }
21. Mantêm-se a coerência e a
coesão textuais ao deslocar-se a expressão “acompanhado de outros especialistas
norte-americanos no assunto” ( linha 11 )
para o início do período ou para imediatamente após “ilícitos” ( linha
12 ). { C – E }
22. Nas linhas 1 e 12,
“Brasil” e “EUA” estão sendo utilizados para designar representantes
brasileiros e representantes norte-americanos.
{ C – E }
GABARITO:
01 E 06 C 11 C 16 C 21 E
02 C 07 E 12 C 17 E 22 E
03 C 08 C 13 E 18 E
04 C 09 C 14 C 19 C
05 C 10 C * 15 C 20 E
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